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A escolha que você faz na hora em que compra um pão para o café da manhã tem impacto direto sobre o trabalho do produtor no campo. Foi a partir das preferências do mercado que a pesquisa de melhoramento genético focou seu trabalho, desenvolvendo cultivares que resultassem na produção esperada. Os itens à base de farinha têm o trigo como matéria-prima. Para cada propósito, e para cada região de cultivo, no entanto, é preciso uma variedade específica.
– Não existe trigo ruim, existe trigo mal direcionado – sentencia Kênia Meneguzzi, supervisora de qualidade industrial da Biotrigo, uma das palestrantes de webinar (informações em https://bit.ly/insc-web-qualitrigo) sobre qualidade do trigo nacional, que será realizado nesta quarta-feira (8).
Assunto que já gerou muito debate entre agricultores e indústria. Kênia lembra que há mais de 10 anos, o cereal produzido no Estado tinha como característica força de glúten e estabilidade baixas e cor mais escura.
A partir de 2011, a percepção de que havia diferentes demandas a serem atendidas dentro do setor pautou o trabalho de melhoramento genético.
– Produzimos, sim, trigo com qualidade – reforça a supervisora.
Hoje, das 12,5 milhões de toneladas de trigo consumidas no Brasil, mais de 50% são destinadas à panificação. As demais, são variedades que atendem nichos. Como o trigo branqueador, que ajuda a deixar o pão mais claro, como preferem brasileiros e portugueses, e para biscoito, destinado a projetos especiais.
– As opções trouxeram muito mais segurança ao produtor, porque dão liquidez e agregam valor – acrescenta Kênia.
Na hora de fazer a lavoura, o planejamento é essencial. Conhecer o local de produção, o moinho mais próximo e definir que mercado será atendido são dicas para o produtor. Além do destino da produção, o escalonamento com variedades de ciclos diferentes é recomendado.
Neste ano, o Rio Grande do Sul teve um incremento na área cultivada com trigo, que será a maior em cinco anos, como apontam dados da Emater.