Francisco Marshall
Licht, mehr Licht!, teriam sido as últimas palavras de Johann Wolfgang von Goethe (28/08/1749-22/03/1832), em seu leito de morte, registradas por seu médico, Carl Vogel. Seu modesto quarto na residência em Weimar tinha diante da cama uma janela, que então poderia ter sido aberta pela nora Ottilie, que dele cuidava com carinho. O Dr. Vogel não estava presente, o que lança dúvidas sobre a veracidade desse testemunho, de linda carga poética e interpretação complexa. Seria o testamento de um sábio nascido no apogeu do iluminismo do século XVIII e devotado, em sua vida, à causa do esclarecimento, pelos caminhos da arte e da ciência? Seria um gesto de espiritualidade, algo desconcertante para alma tão sóbria em toda sua vida? Ou seria a humorada ironia do poeta que animou era pródiga da cultura europeia com as luzes de sua mente humanista? Aqui, a frase é apenas o mote para pensarmos as trevas em que vivemos, na era em que falta luz.
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