Francisco Marshall
As intimidades do poder e da consciência formam um drama patético. Muitos acreditam na força e na verdade do que faço. Outros não, nem remotamente, e criticam. E eu? Devo examinar meus atos? Examinar e ponderar antes de decidir? Eleger princípios e finalidades? Estudar, avaliar e justificar democraticamente, ou passar a patrola e seguir adiante, colhendo os aplausos que já conheço? Ora! Que tonto quem acha que aquele que se serve da democracia deve defendê-la. Babaquice. Cheguei ao palácio, sou feliz, me bajulam e me acho bonito, o resto que se rale. Mas por que te digo isso, querido Diário? Não é melhor caminhar sem ouvir, sem olhar pra trás ou pra frente, apenas colher a glória, e vida que segue?
GZH faz parte do The Trust Project