Francisco Marshall
Em um Theatro São Pedro lotado, no dia 19 de setembro de 1869, levanta-se o pano e tem início o Elogio Dramático, escrito por jovens poetas; aparece então a personagem Liberdade, e vê no fundo da floresta o Escravo, coberto de andrajos e cicatrizes recentes. Ao rogo da Liberdade, um anjo celestial anuncia a abolição, “e indo ao fundo ordena como um meio pratico a libertação dos ventres, que é symbolisada por um grupo de 21 crianças que o Parthenon havia libertado, e que alli estavão pendentes dos seios maternos, de suas mães”, diz a notícia. As crianças receberam então as cartas legítimas de alforria, compradas com vaquinhas feitas por jovens intelectuais, para desgosto da elite patriota e escravagista e triunfo do humanismo e da verdadeira liberdade.
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