Eliane Marques
Após longos conflitos, a sociedade de corte ao rei ou a rainha foi sucedida pela sociedade urbana e industrial. Contudo, um resto do tipo de vida desenvolvido pela corte foi preservado nas subjetividades contemporâneas, como legado, por excelência, de beleza, moralidade e inteligência — falsas atribuições articuladas para autoafirmação e distinção das demais gentes. Portanto, ainda que a realeza europeia, especialmente inglesa, tenha perdido o controle sobre as vidas em seus reinos, ela se mantém como estruturação ideal da grande família cuja ordem hierárquica mais ou menos flexível, aliada a uma etiqueta rigorosa, liga os parentes entre si, fazendo-os pairar sobre os estranhos ao círculo familiar.
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