Celso Loureiro Chaves
Vi compositores furiosos apenas duas vezes. Um foi meu mestre Armando Albuquerque, nos ensaios da sua Evocação de Augusto Meyer atrapalhados por um músico fazendo pouco da gaita que encerra a peça. Era a Ospa há 50 anos, era a gaita marcada ainda por preconceitos musicais. Quem entenderia a intensa poesia desse instrumento nos momentos finais do lamento que Albuquerque escreveu pela morte de um dos grandes poetas porto-alegrenses? A incompreensão gerou indignação: que respeitassem a peça, ora!
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