Carlos Gerbase
“O homem é uma parte da natureza, não algo que contraste com ela. Seus pensamentos e movimentos corporais seguem as mesmas leis que descrevem os deslocamentos de estrelas e átomos.” Assim começa No que Acredito, ensaio de Bertrand Russell, publicado em 1925 e agora editado pela L&PM ao lado de dois outros textos – Por que Não Sou Cristão e Ensaios Céticos – num volume três em um muito bacana. Prêmio Nobel de Literatura em 1950, matemático genial e filósofo que fazia questão de participar ativamente de movimentos sociais, em especial contra as guerras, contra a bomba nuclear e contra a violação de direitos humanos, Russell chegou a ser preso por conta de suas ideias. Mas nunca as abandonou. Morreu escrevendo o que pensava. Matt Ridley, em O que nos Faz Humanos, observa que Russell (assim como Einstein, de quem era próximo) tinha parentes próximos com esquizofrenia. Santa loucura originada de inatas propriedades genéticas?
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