Uma operação da Polícia Civil desencadeada na terça-feira (31) em Santa Maria, Restinga Sêca e Florianópolis, em Santa Catarina, resultou na prisão de três suspeitos do furto de uma joalheria ocorrido em janeiro deste ano em Ijuí, no noroeste do Estado.
Em Restinga Sêca, na região central, o preso é um ex-vereador de Santa Maria. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, mas a reportagem descobriu que o ex-parlamentar é Marion Mortari, que já exerceu diversos mandatos pela Câmara de Vereadores do município.
Os outros mandados de prisão foram cumpridos em Santa Maria e Florianópolis. Os policiais apreenderam veículos e houve o bloqueio de ativos.
Conforme fontes da Polícia Civil, os criminosos cobriram as câmeras de vigilância do local, serraram as grades da sala onde ficam os cofres e fugiram. O prejuízo registrado foi de mais de R$ 12 milhões, uma das maiores quantias já levadas em arrombamentos no Rio Grande do Sul.
De acordo com policiais ouvidos pela reportagem, o ex-vereador foi o responsável por alugar o veículo usado no crime, em nome dele. Conforme eles, a investigação também comprovou, mediante quebra de sigilo telemático, a presença de Marion Mortari em Ijuí no dia e hora do assalto.
Mortari estava em uma propriedade rural quando foi preso. Agora está recolhido na Penitenciária Modulada de Ijuí. A reportagem não conseguiu localizar o defensor dele.