O candidato à reeleição ao governo do Estado, José Ivo Sartori (MDB), em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade nesta quinta-feira (13), prometeu iniciar as concessões de estradas ainda em 2018. Sartori evitou dizer quais trechos serão alvo de concessão e pedágio, lamentando que o Estado não esteja, atualmente, apto a contrair novos empréstimos.
Pontuando que existe demora do governo federal sobre o mesmo tema, o candidato disse que o tempo que a sua gestão está levando para iniciar as concessões se deve à necessidade de constituir um marco regulatório. Ainda sobre as rodovias estaduais, Sartori disse ter pedido para o seu secretariado não apressar o passo.
— O primeiro processo de concessão rodoviária foi estabelecido no nosso governo. E essa construção foi muito difícil. Tanto é verdade que procuramos o governo federal e não tivemos avanço nessa caminhada, segundo me consta. Não vamos dizer qual (trecho) que vai ser incluído. Inclusive porque a lei estabelece um marco regulatório. Isto deverá estar quase na sua conclusão e ainda neste ano teremos as primeiras concessões a serem realizadas. Nós conseguimos fazer milagres. Mas nossa condição é não ter possibilidade de fazer financiamento, e chegamos a recuperar e manter 3 mil km de rodovias. E eu já disse para todo o secretariado, e para todo o pessoal envolvido: "Nada de apressar o passo". Se o país vive uma descrença generalizada, é também pelos atos que foram praticados ao longo do tempo, especialmente nesta área.
O candidato também foi questionado sobre uma crítica frequente de que seu governo demora para tomar decisões. Sobre isso, Sartori indicou que manterá o mesmo ritmo.
— Eu vou ser do mesmo jeito todos os dias, todas as horas.
Sobre os problemas atuais da educação no Estado, o candidato alegou que mudanças foram feitas e que os resultados demoram para ser obtidos. Ele também defendeu a parceria com o Sistema S para o aprendizado profissionalizante. Perguntado se pretende mudar o plano de carreira e aumentar os salários dos professores, Sartori disse que que a categoria é atualmente valorizada.
— Muitas mudanças foram feitas na educação e essas demoram para serem alcançadas. Nenhum estado brasileiro alcançou a média necessária. Então é uma questão nacional. E aqui nós procuramos, através da qualificação de professores, junto com as universidades comunitárias, criar um ambiente diferente. A educação, e eu devo dizer, os professores são também valorizados pela oportunidade que eles têm de participar do processo que está sendo construído no Rio Grande do Sul. Nosso plano está em execução. Temos seguramente mais de mil obras em duas mil e poucas escolas do Rio Grande do Sul — apontou.
A respeito da segurança pública estadual, o candidato valorizou a ampliação de recursos do orçamento para essa área e projetou que o chamamento dos atuais aprovados em concurso será feito gradativamente, evitando dar um prazo para isso.