Por Eduardo Loureiro, deputado estadual (PDT)
Em meados de 2019, uma matéria em Zero Hora trazia uma grande expectativa, que felizmente se confirmaria na plenitude. Ao iniciar a notícia, o jornal vaticinou: “uma lei sancionada pelo governador Eduardo Leite promete colocar o Rio Grande do Sul em posição de vanguarda nas políticas para pessoas com transtorno do espectro autista”.
Passados cinco anos, mais do que vanguarda, nos tornamos referência para outros Estados da federação, que nos visitam para saber como funciona um programa assentado em dois tipos de centros de atendimento, distribuídos em todas as regiões, num total de 53 unidades, sendo 28 focadas em diagnóstico e outras 25 atuando diretamente na saúde dos pacientes autistas por meio de serviços médicos especializados em diversas áreas, tudo gratuito via Sistema Único de Saúde (SUS), numa parceria entre Estado e prefeituras ou entidades como as Apaes.
Construída a partir de orientação técnica da Rede Gaúcha Pró-Autismo, a Lei 15.322, de 2019, foi o marco legal para que o RS implementasse essa eficaz política pública denominada TEAColheRS
Para um legislador, é enorme a satisfação de ver uma proposição de sua iniciativa sair do papel e fazer parte do cotidiano das pessoas, ainda mais numa parcela tão sensível da população. Construída a partir de orientação técnica da Rede Gaúcha Pró-Autismo, movimento que reúne nove associações de familiares e amigos de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), a Lei 15.322, de 2019, foi o marco legal para que o Estado implementasse essa eficaz política pública denominada TEAColheRS, destinando recursos todos os meses e atuando na coordenação e no controle dos atendimentos prestados.
Neste 2 de abril, data que a ONU instituiu como Dia Internacional de Conscientização sobre Autismo, não podemos deixar de fazer referência a todos aqueles que atuam lá na base do TEAColheRS. São profissionais de áreas como psicopedagogia, fisioterapia, fonoaudiologia e pediatria, entre outras, que formam uma corrente em que se apoiam milhares de famílias com seus pacientes autistas em busca de serviços que lhes permitam avançar, se desenvolver, ter uma vida de oportunidades e com inclusão social e educacional. Como diz nosso hino rio-grandense, são façanhas que nos orgulham e servem de modelo.