Após a derrota para o Juventude, em pleno Beira-Rio, pela Copa do Brasil, chegou ao fim a segunda passagem de Eduardo Coudet no comando de Inter. Foram 62 jogos, com 30 vitórias, 15 empates e 17 derrotas.
No período, o ponto alto foi a campanha semifinalista na Libertadores, em 2023. Por outro lado, o fracasso no Gauchão deste ano parece ter contribuído para a despedida antecipada. Abaixo, ZH relembra cinco momentos do período em que o treinador argentino esteve à frente da equipe colorada.
Promessa cumprida
A saída de Coudet do Inter em novembro de 2020 foi conturbada, principalmente pela falta de explicações. No entanto, no primeiro reencontro entre clube e técnico, em maio de 2023, o treinador deixou transparecer uma certa gratidão ao Colorado, revelando o sentimento de dívida pela despedida repentina. Na coletiva de apresentação, em julho de 2023, destacou a felicidade por pode cumprir a promessa.
— Temos de cumprir o que falamos. Falei que estava em dívida e aqui estou. Sou uma pessoa de bem, que tem palavra. Tenho minha maneira de ser. Não gosto de que falar coisas que não sou — destacou.
Campanha na Libertadores
Ao decidir pela demissão de Mano Menezes e pela chegada de Coudet, o presidente Alessandro Barcellos deixou nítida a aposta no título da Libertadores. Na ocasião, o Inter estava classificado às oitavas de final, mas havia feito uma fase de grupos cambaleante.
Com o argentino na casamata, o Colorado passou pelo River Plate, após uma emocionante disputa nos pênaltis. Depois, deixou o Bolívar para trás. A decepção veio na semifinal, diante do Fluminense. Mesmo sendo melhor nos dois jogos, o time gaúcho sofreu uma virada, dentro de casa, e deu adeus ao tricampeonato da competição internacional.
Fracasso no Brasileirão
Eliminado da Libertadores, o Inter ficou só com o Brasileirão. Após uma série de resultados ruins, o próprio Coudet revelou a dificuldade de remobilizar o grupo. No fim, o Colorado ficou na nona colocação, conquistando apenas a vaga na Sul-Americana.
Reforços e esperança de dias melhores
Com a virada de ano, o discurso era de esperança na retomada dos títulos. Os reforços, tão pedidos por Coudet na primeira passagem, foram buscados. Em um elenco que já contava com o goleiro Rochet, o meia Alan Patrick e o atacante Valencia, foram acrescidos o volante Fernando, o atacante Rafael Borré e o centroavante Lucas Alario.
Duelos contra o Juventude
Dentro de campo, tudo parecia ir bem até a semifinal do Gauchão contra o Juventude. Após duas atuações ruins, o Inter foi eliminado, nos pênaltis, como mandante. A queda trouxe de volta uma desconfiança quanto a capacidade do treinador.
Posteriormente, com a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul, o Colorado, e o Coudet, sabiam que teriam dificuldades, especialmente pelo período sem treinos e até mesmo sem ter onde jogar. Mesmo assim, com uma série de cinco partidas sem vencer, e um novo revés para o Juventude, fez com que a relação fosse interrompida novamente.