Pereira

vê o risco das alturas

Vertigem e risco de choque: o que vê um eletricista em torre de alta tensão

Escalar uma estrutura metálica com mais de 40 metros de altura é arriscado. Agora imagine que por essa estrutura passam cabos com 230 mil volts de tensão – duas mil vezes mais do que em uma tomada comum. Apesar do perigo de queda e choque, eletricistas como Michel Rosa Pereira, 33 anos, trabalham nessas gigantescas torres de alta tensão.

O risco é tão grande que não é necessário nem tocar no cabo para receber um choque. Apenas aproximarse demais da linha energizada já pode deflagrar uma descarga mortal. Mas é um serviço fundamental: a CEEE responde pela manutenção de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão que transportam energia por todo o Estado.

— Para fazer esse tipo de trabalho, não dá para ter medo de altura — brinca Pereira.

Em um serviço de manutenção acompanhado por ZH, na zona leste de Porto Alegre, um grupo de profissionais providencia a substituição de um conjunto de isoladores que pesa 72 quilos. Para isso, os técnicos escalam a estrutura de metal com auxílio de dois ganchos metálicos (que os mantêm presos por um cinto à torre). Lá do alto, é possível ouvir o ruído produzido pela eletricidade – e enxergar boa parte da cidade que consome a energia que passa por ali.

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