
O Jornal do Almoço inaugura nesta sexta-feira (13) um novo quadro voltado a reportagens especiais. No JA Repórter, o foco estará em temas aprofundados, sempre sobre assuntos fortes ou inéditos, que devem ir ao ar todas as semanas.
Abrindo a série, a jornalista Fernanda Carvalho apresenta uma reportagem sobre a falta de documentação de origem para quem é negro e descendente de escravos. O ponto de partida foi quando, recentemente, ela encontrou um documento de 1905. Era a certidão de casamento de seus tataravós.
— O meu sonho sempre foi e segue sendo tentar descobrir de onde vieram os meus ancestrais da África. De que parte da África eles vieram, de qual etnia da África eles pertenciam... — explica a jornalista.
Em busca de suas raízes, Fernanda foi até Santo Antônio da Patrulha, onde seus ancestrais foram escravizados, quatro gerações atrás. A jornada foi registrada pela equipe do Jornal do Almoço.
— A falta de documentação é algo muito comum para pessoas negras. A gente não tem registros antigos de nascimento, óbito. Então é muito difícil saber essa ancestralidade. A gente sabe muito pouco de avós, bisavós...
A matéria também apresenta o trabalho do Arquivo Público do Estado, que tem digitalizados documentos de cartas de alforria e de compra e venda de escravizados.
— É possível que pessoas como eu, que encontrem nomes, por exemplo, possam pesquisar e tentar saber de que região (seus ancestrais) vieram, a que senhores essas pessoas escravizadas pertenceram...
O Jornal do Almoço vai ao ar na RBS TV, logo após o Encontro.