O jogo contra o Palmeiras é decisivo para um personagem colorado: Coudet. Se encontrar soluções sem os seus três principais jogadores — Alan Patrick, Valencia e Aránguiz —, o argentino avançará casas no tabuleiro na retomada da confiança com a torcida. Do outro lado estará Abel Ferreira, o melhor técnico em atividade no Brasil pelo tempo de trabalho, variações táticas e taças. É xadrez puro.
Contra o Bahia, Coudet mostrou repertório para além do 4-1-3-2. No segundo tempo, abriu Wesley e Wanderson, deixando Borré na referência. Trouxe Mauricio para dentro. A vitória veio menos na elaboração e mais no jogo aéreo, mas a ideia de muita gente no campo adversário se manteve. E agora contra o poderoso Palmeiras?
Não duvido que Coudet monte dois tripés em Barueri. Um com Fernando, Thiago Maia e Bruno Henrique. Outro com Mauricio, Wesley e Borré.
Pode ser um 4-4-2, com Wesley e Borré no ataque. Nesse desenho, Mauricio pode perder espaço para Wanderson, que ocuparia o lado esquerdo, deixando o direito para Bruno Henrique. Um time mais compacto.
Se for um 4-2-3-1, Bruno Henrique vira dublê de Alan Patrick, deixando os lados para Mauricio e Wesley ou Wanderson. Na frente, Borré, que está ávido pelo primeiro gol e com o time trabalhando por ele. Se Coudet for ousado, mantém o 4-1-3-2.
A questão é que, mesmo com desfalques, Coudet tem opções no banco para variar taticamente o time. Empate é festa na Goethe.