Como incentivar a cultura local

Além de promover e reforçar as identidades locais e criar opções de lazer, o apoio às artes desenvolve um dos setores econômicos mais promissores em todo o mundo.

Role a página ou clique nos capítulos para ver como impulsionar o desenvolvimento das áreas de música, artes visuais, teatro, cinema e literatura. Em vídeo, assista como a população de Porto Alegre consome cultura

REPORTAGEM

Marcelo Gonzatto

EDIÇÃO

Eduardo Rosa
Rodrigo Müzell

DESIGN | ILUSTRAÇÃO

Edu Oliveira
Leonardo Azevedo

PROGRAMAÇÃO

Hermes Wiederkehr

INCENTIVO

Uma cidade é feita de prédios e calçadas, ruas e praças, mas também de um patrimônio imaterial forjado a versos, acordes, pinceladas e outras formas de expressão artística.

Essa riqueza cultural não é apenas abstrata: gera milhares de empregos e movimenta bilhões de reais. Em todo o Rio Grande do Sul, a chamada economia criativa - que inclui criações artísticas, moda, design e tecnologia - representa pelo menos R$ 11,7 bilhões ao ano, e a maior fatia desse tesouro está na Capital. Por isso, apoiar as artes não é apenas uma forma de promover e reforçar as identidades locais, mas de desenvolver um dos setores econômicos mais promissores em todo o mundo.

Conforme o estudo da Fundação de Economia e Estatística (FEE) A Economia Criativa no RS: Estimativas e Potencialidades, do pesquisador Tarson Núñez, a criatividade responde ainda por mais de 116 mil empregos em todo o Rio Grande do Sul e, mais uma vez, seguramente mais da metade dessa cifra cabe a Porto Alegre. Não há, porém, como precisar o percentual exato.

- As pessoas não estão muito acostumadas a perceber de forma mais concreta a importância desses setores porque nossas estatísticas são limitadas. É fácil medir quantas sacas de soja são produzidas, mas ainda é difícil medir relações com natureza menos formal e material, como um profissional que participa da produção de vários filmes ao longo de um ano - exemplifica Núñez.

Algumas comparações ajudam a destacar a importância da indústria cultural. O termo "economia criativa" foi criado na Austrália, em 1994, e adotado pelo Reino Unido três anos depois quando os ingleses se deram conta de que a participação do setor musical no PIB havia superado o automobilístico.

- Com a globalização, a maior parte dos produtos não é mais feita em um só lugar. Um dos caminhos para crescer é se inserir em uma dessas cadeias globais de produção, mas é muito caro fazer isso tentando atrair uma montadora de automóveis, por exemplo. Por outro lado, ficar preso a uma cadeia tradicional exportando soja não é o ideal. A economia criativa permite participar dessas cadeias produtivas com baixo custo, porque depende basicamente de criatividade e intuição - analisa Núñez.

Para isso, são importantes apoios governamentais ao setor. Mas, atualmente, a crise econômica que afeta o Estado e a cidade é um complicador. A prefeitura deixou de investir em 22 eventos culturais no ano passado, incluindo o Carnaval, e o Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural (Fumproarte) - um dos principais instrumentos de financiamento a artistas na Capital - enfrenta dificuldades.

- O Fumproarte chegou a apoiar 50 iniciativas em um ano. Mas, desde 2016, não houve novos apoios - diz o coordenador do Observatório da Cultura do município, Álvaro Santi.

A Secretaria Municipal da Cultura informa que, no ano passado, o fundo pagou R$ 179 mil pendentes de editais de anos anteriores e, em 2018, deve quitar outros R$ 420 mil de editais lançados em 2014 e 2015. Mais R$ 400 mil referentes a projetos de longas-metragens de 2016 deverão ser pagos de forma parcelada. Por meio de nota, a prefeitura informa que "a prioridade do Fumproarte é sanar todas as dívidas herdadas da gestão passada. Com os esforços dos gestores municipais, mesmo diante da crise, o Fumproarte deverá regularizar todos os pagamentos em atraso até 2020."

Outro desafio é a formação de um público mais presente - principalmente em eventos de artes consideradas mais "elitizadas", como concertos de música erudita ou exposições de artes visuais. Nada menos do que 67% da população da Capital jamais assistiu a uma apresentação de música clássica, 58% nunca viu uma apresentação de dança e 43% nunca pisou em um teatro, conforme a pesquisa Usos do Tempo Livre e Práticas Culturais dos Porto-Alegrenses, do Observatório da Cultura.

- A importância da arte envolve inclusive a segurança pública. O contato com a música, com a pintura, pode tirar pessoas que estão na rua, na criminalidade. A cultura é fundamental para uma sociedade não adoecer, não enlouquecer - acredita o ator e presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado (Sated/RS), Fábio Cunha.

MÚSICA

Porto Alegre tem um histórico de revelar desde músicos eruditos como Araújo Vianna - que dá nome ao auditório -, a representantes da cultura regional como Renato Borghetti e sucessos do rock nacional como Engenheiros do Hawaii. Ainda assim, representantes da cena local se queixam da dificuldade de encontrar palcos para exibir seu talento para os próprios conterrâneos.

- Hoje, o cenário da música é complicado em todo o país. Mas temos o sentimento, aqui, de que santo de casa não faz milagre. Músicos talentosos, principalmente quando não representam essa cultura de entretenimento, não conseguem vitrine. Por isso, tem gente que costuma fazer shows na Europa e ainda busca mais espaço aqui mesmo - avalia o músico e integrante do Sindicato dos Músicos do Estado Patrick Acosta.

Ele lembra de fenômenos recentes, como o violonista Rodrigo Nassif, que costuma exibir seu talento em cidades da Europa e do resto do país, mas ainda é pouco conhecido pelo grande público da Capital. A explicação para isso, segundo Acosta, pode estar em uma combinação entre dificuldades de acesso a recursos, sucateamento de equipamentos culturais da cidade e um ambiente pouco favorável às iniciativas menos comerciais.

A boa notícia é que não falta potencial para o mercado da música em solo gaúcho. Um estudo do pesquisador Tarson Núñez estima que, em todo o Estado, a cadeia de atividades da música movimenta nada menos do que R$ 660 milhões por ano - e a maior fatia disso fica na Capital, embora não seja possível precisar a fração exata.

O mercado profissional da música também não se limita a cantores e instrumentistas. No total, incluindo professores de música, compositores, afinadores, confeccionadores de instrumentos e técnicos de radiodifusão e gravação, pelo menos 12,4 mil pessoas trabalham diretamente nesse setor no Rio Grande do Sul. Mais uma vez, a Capital é o principal polo gerador desses empregos.

O levantamento publicado pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) conclui que "a partir das mudanças tecnológicas recentes, as atividades musicais têm um grande potencial de inserção no mercado global, o que sinaliza boas perspectivas de crescimento. Em razão disso, as políticas de fomento ao setor não devem se limitar à ótica de promoção e apoio à cultura local, mas ser formuladas e implementadas também como parte de uma estratégia de desenvolvimento econômico."

ONDE ENCONTRAR

Sala da Música do Multipalco

Oferece apresentações musicais, incluindo espetáculos gratuitos às quartas-feiras. www.teatrosaopedro.com.br/multipalco. Praça Marechal Deodoro, s/n°, Centro

Casa de Cultura Mario Quintana

Entre outros eventos, recebe espetáculos musicais e de dança - em parte gratuitos. www.ccmq.com.br. Rua dos Andradas, 736, Centro

Discoteca Pública Natho Henn

Oferece acervo formado por discos, CDs, DVDs, livros, partituras, entre outros materiais. Gratuito. www.ccmq.com.br. Rua dos Andradas, 736, Centro (4º andar)

Salão de Atos da UFRGS

Apresentações de música, teatro, entre outras, em parte gratuitas www.ufrgs.br/salaodeatos. Avenida Paulo Gama, 110, Farroupilha

Casa da Música da Ospa

Apresentações musicais www.ospa.org.br. Avenida Borges de Medeiros, 1.501, Centro Administrativo Fernando Ferrari

ONDE APRENDER

Escola de Música da Ospa

Oferta de vagas para alunos a partir de oito anos, por meio de editais. Aulas gratuitas para diversos instrumentos. www.ospa.org.br/educacao/escola-de-musica. Rua André da Rocha, 50, Centro

Centro Municipal Paulo Freire

Estão abertas, até 3 de abril, as inscrições para cursos gratuitos de música no Centro Municipal Paulo Freire (CMET), em Porto Alegre. As aulas ocorrem nos três turnos, entre 9h e 21h. Para participar, é preciso ter mais de 15 anos e o instrumento que quer aprender (com exceção da percussão) - não é preciso comprovar renda nem saber tocar e cantar. Violão, cavaquinho, contrabaixo, percussão, flauta doce e transversal, saxofone, técnica vocal, coral, canto livre, teoria e percepção musical. O centro fica na Rua Santa Terezinha, 572, no bairro Santana. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas pelo telefone 3227-4365.

Centro Cultural Multimeios Restinga

Acontecem com frequências atividades: laboratório de teatro, oficinas de musicas, oficinas de cinema, oficinas de informática, apresentação de shows e teatro, capoeira. Rua Ricardo Leônidas Ribas, 75, Restinga

Instituto Ling

Oferece cursos de audições comentadas de diferentes estilos musicais, história da música, entre outros temas. www.institutoling.org.br. Rua João Caetano, 440, Três Figueiras

Academias e escolas particulares por toda a cidade

Como iniciar uma causa e engajar pessoas

Leia também o especial anterior da campanha 1 ano + alegre

COMO APOIAR

Ospa

Aceita doações diversas para obras na Escola de Música e na Sala de Concertos por meio da campanha Faça Parte dessa História. vendas.ospa.org.br/campanha.

Sol Maior

Sem fins lucrativos, oferece educação musical e oficinas de dança gratuitas a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. www.solmaior.org.br.

Destinação do IR

Por meio da Lei Rouanet, você pode doar 6% do seu Imposto de Renda a projetos culturais previamente aprovados. Se tiver de pagar R$ 5 mil de imposto, por exemplo, pode destinar R$ 300 a uma iniciativa cultural. Empresas podem conceder até 4% do IR.

Como funciona: o investidor faz a doação até o último dia do ano corrente. O beneficiário emite um recibo, que deve ser utilizado como comprovante na declaração de IR do ano seguinte para restituição ou abatimento.

DICAS

Para pesquisar projetos, é possível acessar o portal de visualização do sistema de apoio às leis de incentivo à cultura - Versalic: versalic.cultura.gov.br. Ali, se pode procurar iniciativas por região, segmento, nome do projeto etc. e conferir se ele está apto a receber doações via lei de incentivo.

Crowdfunding

Por meio de doações via crowdfunding, ou vaquinha virtual. Diferente sites permitem escolher projetos por tipo (digitando "teatro" ou "dança", por exemplo) e cidade para receberem recursos via cartão de crédito, boleto ou outros meios. Confira alguns:

Kickante (www.kickante.com.br)
Catarse (www.catarse.me)
Benfeitoria (benfeitoria.com)

Há como ter garantia da aplicação correta do recurso?
Segundo a assessoria de comunicação da Kickante, os sites de crowdfunding "não têm responsabilidade sobre a veracidade das informações das campanhas". Assim, as recomendações a serem seguidas antes de doar são:

Leia com atenção a história da campanha que solicita recursos.
Cheque os links das redes sociais e do site presentes na página da campanha em busca de referências.
Em caso de dúvida, os doadores são estimulados a entrar em contato com o criador do projeto via mensagem privada.

ARTE EM NÚMEROS

13,4%

dos porto-alegrenses costumam cantar, sozinhos ou em grupo

LOCAIS ONDE COSTUMA IR A SHOWS

Apenas os cinco locais mais votados (respostas múltiplas)

PREFERÊNCIAS MUSICAIS

Apenas os cinco locais mais votados (respostas múltiplas)

30,6%

Sertanejo

29,4%

Pagode

20,5%

Samba

18,7%

Funk

17%

Regional (gaúcha)

APARELHOS ONDE COSTUMA OUVIR MÚSICA

Respostas múltiplas

87,8%

Rádio/aparelho de som

51,1%

Celular

23,1%

TV

22,5%

MP3/MP4 player

16,2%

Computador

13,5%

Internet

4,8%

Tablet

0,7%

Outro

0,6%

Não costuma ouvir música

0,9%

Não respondeu

ARTES VISUAIS

As artes visuais contam, em Porto Alegre, com pinacotecas, museus, ateliês e artistas gabaritados para abastecer galerias com pinturas, esculturas, gravuras, fotografias e toda sorte de criações. Mas anda faltando, nessa equação artística, um componente fundamental na cidade: público.

Aproximadamente metade da população da Capital - principal centro cultural do Estado - jamais colocou os pés em uma exposição. Conforme a pesquisa Usos do Tempo Livre, do Observatório da Cultura do município, 52,9% dos moradores nunca visitaram uma mostra de fotografia, e 49,8% dizem jamais ter visitado um acervo de pinturas, gravuras ou esculturas.

Em um cenário de dificuldades econômicas, em que a fontes governamentais de recursos enxugam as verbas destinadas a produções artísticas por meio de editais, o apelo público poderia fazer a diferença. Membro da diretoria da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, Kátia Costa sustenta que o desafio de atrair um número maior de frequentadores é ampliado pela falta de uma formação cultural da população mais sólida desde a fase escolar - mas também pelo pouco espaço nos meios de comunicação em geral:

- Sentimos, sim, uma falta da educação para a cultura nas escolas públicas ou privadas. Mas também falta de apoio em geral nas mídias impressas, de rádio e TV para a divulgação de exposições, por exemplo.

A falta de informação, de fato, é apontada por 15% dos moradores de Porto Alegre como principal motivo para não frequentar eventos de artes visuais. A razão principal, porém, é mesmo a falta de interesse: mais de um terço dos entrevistados afirmam não se interessar por pintura ou escultura. Uma das maneiras de aumentar a relevância popular poderia, apenas, ir a um espaço de exposição e convidar alguém para ir junto - 13% das pessoas dizem não ir a exposições por simples falta de companhia.

Em tempos de crise econômica, dar uma passada em uma pinacoteca ou museu pode ser uma pedida ainda melhor. Boa parte dos espaços não cobra ingresso, como as pinacotecas Ruben Berta e Aldo Locatelli ou o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagolli (Margs).

ONDE ENCONTRAR

Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs)

Com um acervo de 3,6 mil obras de arte, oferece entrada gratuita. www.margs.rs.gov.br. Praça da Alfândega, sem número, Centro Histórico. De terças a domingos, das 10h às 19h

Memorial do Rio Grande do Sul

Com acervo voltado à história do RS, também abriga exposições artísticas. Entrada gratuita sedactel.rs.gov.br/memorial-rgs. Rua Sete de Setembro, 1.020, Centro Histórico. De terça a sábado, das 10h às 18h. Domingos e feriados, das 13h às 17h

Santander Cultural

Centro voltado a exposições, cinema, música e outras atividades. Cobra-se entrada para música e programação regular de cinema www.santandercultural.com.br. Rua Sete de Setembro, 1.028, Centro Histórico. Terça a sábado, das 10h às 19h. Domingos, das 14h às 19h. Não abre em feriados

Fundação Iberê Camargo

Oferece exposições de artes visuais com entrada gratuita www.iberecamargo.org.br. Avenida Padre Cacique, 2.000, Cristal. Sábados e domingos, das 14h às 19h

Fundação Ecarta

Reúne mostras e atividades culturais e educacionais. www.ecarta.org.br. Avenida João Pessoa, 943, Farroupilha. Terça a sexta das 10h as 19h, sábado das 10h às 20h e domingo das 10h às 18h (para as exposições)

Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul

Reúne três espaços para exposições, com entrada gratuita. sedactel.rs.gov.br/macrs. Casa de Cultura Mario Quintana, Rua dos Andradas, 736 (6º andar), Centro Histórico. Segundas das 14h às 19h, de terças a sextas, das 10h as 19h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h, 3221-5900

Pinacoteca Ruben Berta

Com entrada gratuita, reúne nomes regionais e de expressão nacional como Di Cavalcanti e Portinari site. Rua Duque de Caxias, 973, Centro Histórico. Segunda a sexta, das 10h às 18h

Pinacoteca Aldo Locatelli

Com acesso gratuito, abriga muitos artistas gaúchos como Pedro Weingärtner e Vasco Prado site. Paço dos Açorianos, Praça Montevidéu, 10, Centro Histórico. Segunda à sexta, das 9h às 12h e das 13h30min às 18h

Museu do Trabalho

Conta com espaço para exposições e oferece cursos de artes visuais www.museudotrabalho.org. Rua dos Andradas, 230, Centro Histórico. Terças a sábados, das 13h30min às 18h30min. Domingos e feriados, das 14h às 18h30min

Instituto Ling

O espaço conta com galeria para exposições www.institutoling.org.br. Rua João Caetano, 440, Três Figueiras. Segunda a sexta, das 10h30min às 22h, sábados das 10h30min às 20h. Fechado domingos e feriados

Santander Cultural

Espaço para cinema e música (cobrados) e exposições www.santander.com.br. Rua Sete de Setembro, 1.028, Centro Histórico. Terça a sábado, das 10h às 19h. Domingos, das 14h às 19h. Não abre aos feriados

ONDE APRENDER

Atelier livre

Vinculado à prefeitura, oferece oficinas regulares práticas e teóricas, além de palestras, exposições, encontros com artistas, projetos de pesquisa e ações colaborativas atelierlivre.wordpress.com. Avenida Erico Veríssimo, 307, Menino Deus

Museu do Trabalho

Oferece cursos de atividades como litografia, gravuras em metal, xilogravura e escultura www.museudotrabalho.org. Rua dos Andradas, 230, Centro Histórico

Instituto Ling

Oferece cursos em diversas áreas, incluindo artes visuais www.institutoling.org.br. Rua João Caetano, 440

COMO APOIAR

Ingressar em uma associação de amigos de museus, pinacotecas e outros. Algumas opções:

Associação de Amigos dos Margs

www.margs.rs.gov.br/aamargs. Contato: aamargs@margs.rs.gov.br.

Amigos da Iberê (Fundação Iberê Camargo)

www.iberecamargo.org.br. Contato: amigos@iberecamargo.org.br.

Associação dos Amigos das Pinacotecas de Porto Alegre

Facebook. Contato: aapipa@outlook.com.

Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana

www.aaccmq.com.br. Contato: accmq@terra.com.br.

Comprar trabalhos de artistas locais. Algumas opções que costumam oferecer obras de artistas radicados na Capital:

Galeria Mamute: www.galeriamamute.com.br. Rua Caldas Júnior, 375, Centro Histórico

Bolsa de Arte: www.bolsadearte.com.br. Rua Visconde do Rio Branco, 365, Floresta

Museu do Trabalho (consórcios de fotografias e gravuras): www.museudotrabalho.org. Rua dos Andradas, 230, Centro Histórico

O site da Associação Chico Lisboa oferece uma lista de ateliês no RS - muitos localizados em Porto Alegre: chicolisboa.com.br/atelies.

13%

da população não costuma ir a galerias de arte unicamente por falta de companhia.

Destinação do IR

Por meio da Lei Rouanet, você pode doar 6% do seu Imposto de Renda a projetos culturais previamente aprovados. Se tiver de pagar R$ 5 mil de imposto, por exemplo, pode destinar R$ 300 a uma iniciativa cultural. Empresas podem conceder até 4% do IR.

Como funciona:

O investidor faz a doação até o último dia do ano corrente. O beneficiário emite um recibo, que deve ser utilizado como comprovante na declaração de IR do ano seguinte para restituição ou abatimento.

DICA

Para pesquisar projetos, é possível acessar o portal de visualização do sistema de apoio às leis de incentivo à cultura - Versalic: versalic.cultura.gov.br. Ali, se pode procurar iniciativas por região, segmento, nome do projeto etc. e conferir se ele está apto a receber doações via lei de incentivo.

ARTE EM NÚMEROS

1,3%

da população da Capital costuma frequentar museus ou exposições de arte

52,9%

nunca foram a uma exposição de fotografia

49,8%

nunca foram a uma exposição de pintura ou escultura

MOTIVOS

Por que não foram a uma exposição de artes plásticas em pelo menos 12 meses (até três respostas):

LOCAIS

Onde costuma ver exposições de pintura/escultura (até três respostas)

6,9%

Usina do Gasômetro

4,8%

Casa de Cultura Mario Quintana

2,1%

Redenção

2%

Fundação Iberê Camargo

1,5%

Santander Cultural

1,4%

PUCRS

1,1%

Museus (em geral)

TEATRO

A situação das artes cênicas em Porto Alegre apresenta tons dramáticos marcados, nos últimos anos, pelo fechamento de espaços de apresentação importantes e pela perda de recursos governamentais. Para fazer frente à crise, produtores tentam buscar novos modelos de financiamento e investir na internacionalização dos grupos teatrais. Enquanto esse enredo se desenrola, o apoio da população às iniciativas locais ganha ainda mais relevância.

Artistas lamentam a perda de palcos públicos, como o Teatro de Câmara Túlio Piva e a Usina do Gasômetro (onde fica o Teatro Elis Regina), fechados para reformas, e privados, como o Teatro Novo DC. Além disso, obras na Caixa Cultural e no Multipalco Eva Sopher seguem sem previsão exata de conclusão.

- A precarização dos espaços é apenas o reflexo de uma falta de política pública para o setor. Não há uma política cultural clara - observa o diretor do Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre, Alexandre Vargas.

A classe também se ressente da escassez de recursos municipais por meio do Fumproarte, que nos últimos dois anos deixaram de impulsionar produções cênicas. O público, que poderia ajudar a financiar o setor, ainda é arredio. Pesquisa do Observatório da Cultura demonstra que apenas 1,8% da população de Porto Alegre costuma ir ao teatro aos finais de semana. O dobro desse percentual, por exemplo, prefere não fazer nada.

Em busca de novos caminhos, foi lançado no final do ano passado o Intercena, projeto de internacionalização de artes cênicas do Rio Grande do Sul e realizado em Porto Alegre. O objetivo, conforme Vargas, que coordena a iniciativa, é capacitar os produtores locais para buscar novos públicos fora do país. Para isso, poderiam até converter espetáculos para outras línguas como espanhol ou francês.

- Já tivemos bons resultados. A Argentina propôs um convênio para intercambiar companhias de teatro, e indicamos algumas companhias para participar de uma feira na China, entre maio e junho - afirma Vargas.

O apoio do público local, porém, ainda é considerado fundamental para fortalecer as artes cênicas da Capital e dar um final feliz à saga de quem faz cultura na cidade. A seguir, veja como pode tomar parte nessa história.

ARTE EM NÚMEROS

20,3%

dos entrevistados foram ao teatro nos 12 meses anteriores

LOCAIS EM QUE COSTUMA ASSISTIR A PEÇAS DE TEATRO

Os principais locais frequentados foram (os percentuais correspondem ao total dos entrevistados e não fecha 100%):

9%

Theatro São Pedro

0,9%

Teatro Renascença

0,4%

Teatro de Arena

0,4%

Teatro de Sesc

0,3%

Teatro do Sesi

0,2%

Escolas

0,2%

Parque Farroupilha

0,2%

Casa de Cultura Mario Quintana

0,2%

Teatros

0,2%

Auditório Araújo Vianna

NA PRÁTICA

0,8%

da população de Porto Alegre faz teatro ou atividades circenses com regularidade

ESTILOS PREFERIDOS

36,4%

Comédia

9%

Drama

6%

Não tem preferência

4,9%

Musical

2,6%

Com atores ou atrizes famosos

2,4%

Romântico

1,7%

Infantil

1,6%

Bonecos

1,1%

Suspense

1%

Clássicos

Fonte: Pesquisa Usos do Tempo Livre e Práticas Culturais dos Porto-alegrenses

ONDE ENCONTRAR

TEATROS

Alguns dos espaços mais dedicados a produções locais na cidade

Theatro São Pedro www.teatrosaopedro.com.br. Praça Mal. Deodoro, sem número, Centro Histórico

Sala Álvaro Moreyra maisteatro.org/sala-alvaro-moreyra. Avenida Erico Verissimo, 307, Azenha

Teatro Renascença maisteatro.org/teatro-renascenca. Avenida Erico Verissimo, 307, Azenha

Casa de Cultura Mario Quintana (Bruno Kiefer e Carlos Carvalho) www.ccmq.com.br/site. Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico

Teatro de Arena www.facebook.com/TeatroDeArenaRS. Avenida Borges de Medeiros, 835, Escadaria do Viaduto da Borges

Ponto de Teatro - Instituto Ling www.institutoling.org.br. Rua João Caetano, 440, Três Figueiras

FESTIVAIS

Alguns dos principais festivas que costumam prestigiar espetáculos locais

Festival Palco Giratório Sesc Porto Alegre. Anual, ocorreu em maio. Apresenta peças locais e de outros lugares do país, além de outras atividades como rodas de discussão e oficinas. Parte das atrações é gratuita mediante inscrição prévia.

Porto Alegre Em Cena. Realizado pela prefeitura, reúne atrações locais, nacionais e internacionais por meio de peças, palestras, debates e oficinas. Combina atrações com preços acessíveis e opções gratuitas. Ocorre em setembro.

Porto Verão Alegre. Ocorre anualmente em janeiro e fevereiro e oferece uma série de atrações locais para quem fica na cidade no verão. Além de peças, oferece atividades gratuitas como debates e oficinas.

Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre. Este ano, deverá ocorrer em novembro ou dezembro. É considerado um dos principais festivais de teatro de rua do país, com eventos gratuitos em 30 bairros da cidade como peças, debates, seminários e oficinas.

ONDE APRENDER

ESPAÇOS

Pontos tradicionais com cursos e oficinas na área

Cia de Arte www.facebook.com/CiadeArte. Rua dos Andradas, 1.780, Centro Histórico. O centro cultural abriga produções artísticas e oferece oficinas em áreas como teatro e dança

Usina das Artes www.facebook.com/usinadasartespoa. Rua Santa Terezinha, 711, Santana. Abriga diferentes grupos culturais, com oficinas e cursos

Casa de Teatro de Porto Alegre www.casadeteatropoa.com.br. Rua Garibaldi, 853, Independência. Cursos técnicos e de formação de atores

Teatro Nilton Filho teatroniltonfilho.com.br. Rua Grão Pará, 179, Menino Deus. Oficinas e curso de formação de atores

COMPANHIAS

Algumas das companhias que oferecem também cursos e oficinas de artes cênicas

Ói Nóis Aqui Traveiz www.oinoisaquitraveiz.com.br. Rua Santos Dumont, 1.186, São Geraldo. Oficinas gratuitas de teatro e formação de atores

Teatro Sarcáustico teatrosarcaustico.blogspot.com.br. Oferece laboratórios de teatro

Depósito de Teatro depositodeteatro.com.br. Rua Santa Terezinha, 711, bairro Santana. Cursos de formação para iniciantes e iniciados

Teatro ao Quadrado facebook. Rua dos Andradas, 1.780. Oferece oficinas de montagem teatral

FESTIVAIS

Festival Palco Giratório Sesc Porto Alegre. Inclui, entre a programação, atividades como rodas de discussão e oficinas. Parte das atrações é gratuita mediante inscrição prévia

Porto Alegre Em Cena. Além das peças, envolve palestras, debates e oficinas, com opções gratuitas

Porto Verão Alegre. Oferece atividades gratuitas como debates e oficinas

Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre. Entre as atrações gratuitas estão debates, seminários e oficinas

Como diminuir a poluição

Leia também o especial anterior da campanha 1 ano + alegre

CINEMA

Porto Alegre abraçou como poucas cidades uma forma artística nascida há mais de 120 anos na França. A Capital é um dos polos nacionais de produção cinematográfica, com uma sólida filmografia e capacitação técnica, e assistir a filmes na sala escura é a atividade cultural preferida entre os moradores da Capital.

Conforme dados do Observatório da Cultura do município, ir ao cinema é a atividade preferida na cidade nas horas livres aos finais de semana, com 17,3% das respostas. Perde apenas para ir a parques ou praças e passear no shopping. Assistir televisão vem em sexto lugar, com 11% das preferências - deixando claro o gosto da cidade pelo audiovisual. A realização de festivais e programas para TV reforça essa vocação.

Porto Alegre reforçou seu papel como referência cinematográfica dentro e fora do país, nas últimas décadas, graças a produções como Verdes Anos (1984), de Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil, o célebre curta Ilha das Flores, de Jorge Furtado (1989), ou O Homem que Copiava (2003), também de Furtado. A Casa de Cinema de Porto Alegre, que produziu esses dois últimos, é uma das razões para a projeção da Capital nas telas brancas com uma sólida produção de curtas, médias e longas-metragens.

A cidade também se destaca na produção para TV, por meio de produções locais e de material publicitário.

- Fazemos muitos programas de TV também. O Universo Z é uma série feita aqui e veiculada em mais de 40 países, por exemplo - diz a presidente do Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado (Siav), Daniela Israel.

A cidade ainda conta com eventos como o Fantaspoa - maior festival de cinema dedicado a filmes de gênero fantástico da América Latina, que ocorre até o dia 3 de junho - e o Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre (Frapa), a ser realizado em julho. Já a mostra Ela na Tela, que exibirá obras dirigidas e protagonizadas por mulheres, ocorrerá em novembro.

Apesar da força audiovisual de Porto Alegre, produtores ainda enfrentam dificuldades para conseguir acesso a recursos - principalmente municipais e estaduais - e disputar espaço de exibição com grandes produções de fora. Por isso, o apoio aos artistas locais ainda é fundamental.

ONDE ENCONTRAR

Casa de Cultura Mario Quintana. Salas Paulo Amorim, Norberto Lubisco e Eduardo Hirtz www.ccmq.com.br. Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico

Cinemateca Capitólio Petrobras www.capitolio.org.br. Rua Demétrio Ribeiro, 1.085, Centro Histórico

Sala Redenção - Cinema Universitário www.facebook.com/salaredencao. Avenida Eng. Luiz Englert, s/n, Campus Central da UFRGS

ONDE APRENDER

Casa de Teatro. Oferece cursos de cinema e TV para adolescentes e adultos www.casadeteatropoa.com.br. Rua Garibaldi, 853

PUCRS. Tem curso tecnológico de produção audiovisual com duração de cinco semestres vestibular.pucrs.br/cursos/producao-audiovisual. Avenida Ipiranga, 668, Partenon

Centro Cultural Multimeios Restinga. Oficinas de cinema, além de outras atividades, como teatro. Rua Ricardo Leonidas Ribas, 75, Restinga

COMO APOIAR

Prestigiar produções locais no cinema e na TV

Destinação do IR

Por meio da Lei Rouanet, você pode doar 6% do seu Imposto de Renda a projetos culturais previamente aprovados. Se tiver de pagar R$ 5 mil de imposto, por exemplo, pode destinar R$ 300 a uma iniciativa cultural. Empresas podem conceder até 4% do IR.

Como funciona: o investidor faz a doação até o último dia do ano corrente. O beneficiário emite um recibo, que deve ser utilizado como comprovante na declaração de IR do ano seguinte para restituição ou abatimento.

DICAS

Para pesquisar projetos, é possível acessar o portal de visualização do sistema de apoio às leis de incentivo à cultura - Versalic: versalic.cultura.gov.br. Ali, se pode procurar iniciativas por região, segmento, nome do projeto etc. e conferir se ele está apto a receber doações via lei de incentivo.

Crowdfunding

Por meio de doações via crowdfunding, ou vaquinha virtual. Diferente sites permitem escolher projetos por tipo (digitando "teatro" ou "dança", por exemplo) e cidade para receberem recursos via cartão de crédito, boleto ou outros meios. Confira alguns:

Kickante (www.kickante.com.br)
Catarse (www.catarse.me)
Benfeitoria (benfeitoria.com)

Há como ter garantia da aplicação correta do recurso?
Segundo a assessoria de comunicação da Kickante, os sites de crowdfunding "não têm responsabilidade sobre a veracidade das informações das campanhas". Assim, as recomendações a serem seguidas antes de doar são:

Leia com atenção a história da campanha que solicita recursos.
Cheque os links das redes sociais e do site presentes na página da campanha em busca de referências.
Em caso de dúvida, os doadores são estimulados a entrar em contato com o criador do projeto via mensagem privada.

ARTE EM NÚMEROS

FREQUÊNCIA

Percentual de pessoas que foram ou não ao cinema conforme o período

42,8%

foram ao cinema há mais de 12 meses

39,8%

há menos de um mês

14,4%

há menos de 12 meses

2,9%

jamais foram ao cinema

0,1%

não responderam

FREQUÊNCIA COM QUE ASSISTIRAM A UM FILME

Proporção de quem viu um filme em casa ou em outro lugar sem ser um cinema

ESTILOS DE FILME PREFERIDOS

Os cinco gêneros mais citados (respostas eram múltiplas)

ORIGEM DOS FILMES

Preferência conforme a procedência das produções (até cinco respostas)

62,4%

EUA

44,8%

Brasil

6,7%

Não tem preferência

6,6%

Estrangeiro (em geral)

3,7%

Japão

2,6%

Reino Unido

2,2%

Itália

1,6%

França

1,5%

Europa

COSTUMA ASSISTIR TV?

83,5%

Sim

13,7%

Às vezes

2,8%

Não

LITERATURA

Porto Alegre tem tradição de abrigar escritores renomados, como Luis Fernando Verissimo ou Mario Quintana, e editoras pujantes, mas a luta diária para promover a literatura na cidade depende em bom grau do trabalho de autores nem tão famosos e de livreiros de pequeno ou médio porte - em uma espécie de versão contemporânea de David contra Golias.

O gigante, nessa atualização da história bíblica, é o desafio de promover a leitura em um país pouco habituado aos livros. Embora Porto Alegre esteja em uma região privilegiada pelos bons índices de alfabetização - 97,8% contra uma média nacional de 91% para pessoas com 10 anos ou mais, conforme o Censo 2010 - ainda é significativo o percentual da população da Capital que não se interessa em ler.

Quase metade dos moradores não botou os olhos em um livro nos 12 meses anteriores, e um terço afirmam não gostar, não ter interesse ou paciência para literatura. Para o presidente da Associação Gaúcha de Escritores, Christian David, falta estímulo público.

- Temos muitos autores bons e algumas editoras, geralmente pequenas, têm apoiado os escritores locais. O que falta é política pública de leitura - diz David.

Ele se queixa de que, nos últimos anos, um dos principais programas municipais para formar novos leitores, o Adote um Escritor (pelo qual as escolas recebem recursos para adquirir obras e recebem a visita de um autor escolhido), estaria perdendo fôlego:

- Já teve cerca de um milhão, hoje tem algo ao redor de R$ 400 mil.

O secretário de Educação de Porto Alegre, Adriano Naves de Brito, afirma que o programa segue ativo e contará com pelo menos R$ 300 mil este ano. O secretário afirma que o programa está em fase de escolha dos autores que visitarão as escolas, e que haverá recurso para aquisição de exemplares:

- O orçamento já foi de quase R$ 1 milhão, mas quase metade disso ia para custear o vale (recurso repassado a servidores para compra de livros, o que deixou de ser oferecido ainda no ano passado). O resto está mantido. O núcleo do programa é o encontro entre alunos e escritores.

Feiras e eventos literários, como a célebre Feira do Livro, ajudam a impulsionar o setor na cidade. Em 8, 9 e 10 de junho, por exemplo, ocorrerá a 5ª Odisseia de Literatura Fantástica, com feira, exposição, bate-papos e oficinas. Prestigiar esse tipo de evento, comprar livros para ler e dar de presente, entre outras ações, são atitudes que qualquer cidadão pode adotar para impulsionar a leitura diante de seus desafios gigantes.

ONDE ENCONTRAR

Biblioteca Josué Guimarães. Avenida Érico Veríssimo, 307, Menino Deus www.facebook.com/BPMJG. Espaço disponível gratuitamente à comunidade, com um acervo de mais de 50 mil volumes centrados nas áreas de literatura e humanidades. Depois de se inscrever, os leitores podem levar os livros sob empréstimo.

Biblioteca Pública do Estado. Rua Riachuelo, 1.190, Centro www.bibliotecapublica.rs.gov.br. Acervo de 240 mil volumes incluindo literatura, enciclopédias, dicionários, revistas, entre outras opções. Cerca de 30 mil são para empréstimo ao público. Também há acervo em braile e áudio.

DICA

Você sabia que é possível pesquisar todo o acervo das bibliotecas municipais online? Acesse o site pergamum.procempa.com.br.

Centro Cultural Multimeios Restinga. O espaço conta com uma biblioteca com 300 livros. Rua Ricardo Leonidas Ribas, 75, Restinga

Festival de Inverno. Conjunto de atividades culturais, com ênfase em literatura, música e debates, que ocorre durante a última semana de julho em diferentes locais da cidade. Foi retomado no ano passado após três anos de interrupção

Livrarias e sites de compra

ONDE APRENDER

Oficina de Criação Literária da PUCRS. Ministrada pelo escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, é a mais antiga em atividade no país. Avenida Ipiranga, 6.681, Partenon. (51) 3320-3676. www.pucrs.br.

Oficina Contos Contemporâneos. Curso anual ministrado pelo autor Alcy Cheuiche. A edição de 2018 já está em andamento, no Contemporâneo Instituto de Psicanálise e Transdisciplinariedade. Rua Casemiro de Abreu, 651, Rio Branco. (51) 3019-5341

Breviário. Oferece cursos e oficinas literárias. Avenida Osvaldo Aranha, 1.180/204, Bom Fim breviariocursos.wordpress.com.

A Universidade Aberta é constituída por cursos e palestras sobre temas literários, artísticos, históricos, filosóficos e científicos às segundas-feiras no Centro Municipal de Cultura (Érico Veríssimo, 307). O dia normal de programação é segunda-feira, mas circunstancialmente podem ocorrer atividades em outros dias. Meia-entrada para professores, estudantes e idosos. Informações: (51) 3289-8052.

COMO APOIAR

Mercado. Adquirir obras de autores e editoras locais

Algumas editoras locais

AGE (www.editoraage.com.br)
Arquipélago Editorial (www.arquipelago.com.br)
Besourobox(www.besourobox.com.br)
Dublinense (www.dublinense.com.br)
L&PM (www.lpm.com.br/site/default.asp)
Libretos (www.libretos.com.br)
Martins Livreiro (www.martinslivreiro.com.br)
Sulina (www.editorasulina.com.br)
Tomo Editorial (www.tomoeditorial.com.br/home.php)

Adoção de livros

A Biblioteca Pública do Estado, na Capital, permite "adotar" uma obra rara com necessidade de restauração. O restaurador contribui para a restauração. Mais informações no site da biblioteca www.bibliotecapublica.rs.gov.br.

Associação de Amigos da Biblioteca

É possível tomar parte na Associação dos Amigos da Biblioteca Pública do Estado, que busca recursos financeiros para desenvolver projetos culturais e de restauro. Telefone para informações: (51) 3226-5560.

Destinação do IR

Por meio da Lei Rouanet, você pode doar 6% do seu Imposto de Renda a projetos culturais previamente aprovados. Se tiver de pagar R$ 5 mil de imposto, por exemplo, pode destinar R$ 300 a uma iniciativa cultural. Empresas podem conceder até 4% do IR.

Como funciona: o investidor faz a doação até o último dia do ano corrente. O beneficiário emite um recibo, que deve ser utilizado como comprovante na declaração de IR do ano seguinte para restituição ou abatimento.

DICAS

Para pesquisar projetos, é possível acessar o portal de visualização do sistema de apoio às leis de incentivo à cultura - Versalic: versalic.cultura.gov.br. Ali, se pode procurar iniciativas por região, segmento, nome do projeto etc. e conferir se ele está apto a receber doações via lei de incentivo.

Crowdfunding

Por meio de doações via crowdfunding, ou vaquinha virtual. Diferente sites permitem escolher projetos por tipo (digitando "teatro" ou "dança", por exemplo) e cidade para receberem recursos via cartão de crédito, boleto ou outros meios. Confira alguns:

Kickante (www.kickante.com.br)
Catarse (www.catarse.me)
Benfeitoria (benfeitoria.com)

Há como ter garantia da aplicação correta do recurso?
Segundo a assessoria de comunicação da Kickante, os sites de crowdfunding "não têm responsabilidade sobre a veracidade das informações das campanhas". Assim, as recomendações a serem seguidas antes de doar são:

Leia com atenção a história da campanha que solicita recursos.
Cheque os links das redes sociais e do site presentes na página da campanha em busca de referências.
Em caso de dúvida, os doadores são estimulados a entrar em contato com o criador do projeto via mensagem privada.

ARTE EM NÚMEROS

2,4%

da população da Capital costuma escrever histórias ou poemas

QUANDO LEU UM LIVRO PELA ÚLTIMA VEZ
RAZÕES PARA NÃO LER

Motivos apresentados porque disse não ter lido nada há pelo menos 12 meses (até três respostas)

25,1%

Falta de tempo

20,4%

Não gosta

9%

Não tem interesse/necessidade

5,3%

Falta de hábito

4,8%

Não tem paciência

4,2%

Problemas de visão

1,7%

Preguiça

1,6%

Dificuldade para ler

Obs.: desconsideradas respostas com menos de 1%

O QUE É LEITURA PARA VOCÊ

21,1%

Fonte de conhecimento para a vida

16,7%

Uma atividade interessante

13,9%

Uma atividade prazerosa

9,7%

Fonte de conhecimento e atualização profissional

7,8%

Fonte de conhecimento para escola/faculdade

2,2%

Prática obrigatória

1,1%

Ocupa muito tempo

0,6%

Uma atividade entediante

0,4%

Gera cansaço/exige muito esforço

RELIGIOSOS EM ALTA, POESIA EM BAIXA

Gêneros que os leitores da Capital mais gostam (até cinco respostas)

17,2%

Religioso

13,9%

Romance

5%

Ação

3,9%

Policial

3,4%

Suspense

3,2%

Aventura

3,1%

Auto-ajuda

2,9%

Biografia

2,1%

Contos

2%

Drama

2%

Comédia

2%

Ciências sociais, história, filosofia

1,9%

Didáticos

1,6%

Técnicos

1,6%

Ficção

1,1%

Infantil

1,1%

Terror

1%

Poesia