O Grêmio pode ter, pela primeira vez em seu time titular, um jogador que é cria da Arena. Explico. O atacante Thayllon, 19 anos, nasceu e cresceu no Humaitá. Ainda hoje, sua família mora a cerca de três quadras do estádio. O guri é, desde o ano passado, um dos destaques do time de transição e mais uma aposta de jogador de flanco driblador e vertical.
Thayllon, embora jovem, já tem rodagem de gente grande. Aos 19 anos, possui no currículo as disputas da Série C, da Copa do Brasil e da Copa FGF com o time principal do São José, detentor dos seus direitos. Thayllon foi promovido direto do sub-17 para o time principal por Rafael Jacques, na reta final de 2019. Não se assombrou com a dureza dos marcadores e confirmou as expectativas no Passo D'Areia.
O Grêmio buscou-o por empréstimo até o final de 2021, com opção de compra dos direitos. Trata-se de um atacante rápido e de drible. O tipo físico franzino e a forma de jogar lembram muito Ferreirinha, a bola da vez na extrema esquerda gremista.
Thayllon é cria do São José, onde chegou antes de completar nove anos. Fez todas as categorias na Zona Norte até ser levado pelo Grêmio para jogar no sub-15. Não conseguiu garantir seu lugar e voltou para o Passo D'Areia.
No Gauchão do ano passado, ele voltou como profissional ao Humaitá para jogar contra o Grêmio, pelo Gauchão. No ônibus da delegação, serviu quase de guia dos companheiros na chegada, indicando a rua em que cresceu, mostrando a casa de amigos e descrevendo as particularidades do lugar que, desde 2012, acolhe o Grêmio e, quem sabe no próximo fim de semana, poderá ver seu filho pródigo entrar pela porta da frente da Arena.