Publicado em 08 de abril de 2015.

Publicado em 02 de abril de 2015.

COMO VIVEM E SE

COMPORTAM AS

O domínio da linguagem, a capacidade de resolução de problemas e as habilidades sociais colocam o ser humano

no topo da cadeia alimentar.

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ABELHAS

abelhas

D

anos catastróficos provocados no ambiente demonstram, no entanto, que temos muito a aprender com espécies menores – bem menores. Como os insetos. Antiquíssimas, abelhas, formigas e vespas são exemplos de que a vida em sociedade pode ser bem mais cooperativa.

 

Esses pequenos animais resistiram a variações climáticas, viram os dinossauros ascenderem e caírem, testemunharam a evolução do Homo sapiens e, com o reino vegetal, formaram ricos sistemas vivos. Habitando colônias, junto a indivíduos de várias gerações, os insetos sociais garantem a perpetuação da espécie por meio da divisão do trabalho reprodutivo – cada casta se reproduz enquanto as outras cuidam do resto.

 

Mergulhamos no seu curioso universo para entender como a vida em coletividade fortalece a existência.

abelhas

formigas

formigas

vespas

vespas

04

ter divisão da força

de trabalho, com um sistema de castas

01

possuir sobreposição de gerações, com os mais velhos cuidando dos mais novos

02

cooperar na reprodução, envolvendo indivíduos reprodutivos e estéreis

PRECAVIDAS COMO URSOS

Dependente das flores e do

ambiente para sobreviver,

a sociedade das abelhas

sofre se o clima está descaracterizado.

No outono e no inverno, quando chove muito, faz frio ou há ausência de sol, as folhas murcham, as flores caem e, naturalmente, os insetos também se recolhem. Em condições ambientais extremas, a alimentação pode minguar e, com isso, o desenvolvimento do metabolismo das abelhas sem ferrão também. Recente estudo publicado por um grupo de biólogos do Laboratório de Entomologia da Faculdade de Biociências da PUCRS constatou que, semelhante ao que ocorre com ursos polares, elas também reúnem alimento antes da chegada do frio. Chamado diapausa, o processo mostra que essas abelhas são capazes de sobreviver por longos períodos com menos alimento. Diferentemente das abelhas Apis mellifera, conhecidas por africanizadas por resultarem de uma mistura das europeias e africanas, as sem ferrão são nativas do RS.

 

– O nome popular dessas abelhas deve-se ao fato de o ferrão ser atrofiado. Para defender suas colônias, elas constroem ninhos em locais de difícil acesso – afirma a bióloga e diretora do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS, Betina Blochtein.

 

Nativas de regiões tropicais e subtropicais, as abelhas são usadas para produção de mel, manutenção de vegetações naturais, aumento da produção agrícola e equilíbrio do ecossistema pela polinização de plantas.

03

viver em um ninho ou outro domicílio permanente

ABELHAS

Mais de

2,5 mil

espécies no país

 

 Jataí, mirim e tubuna

estão entre as mais

conhecidas do Estado.

 

03

espécies integram a lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul:

 

1 - Melipona marginata obscurior

2 - Melipona bicolor schencki

3 - Melipona quadrifasciata quadrifasciata

Abelhas são responsáveis pela polinização de até

90%

da flora nativa

MAIS NESTE ESPECIAL

Para serem

sociais,

os insetos precisam:

bafômetro da colmeia

Tolerância zero no

No outono e no inverno, quando chove muito, faz frio ou há ausência de sol, as folhas murcham, as flores caem e, naturalmente, os insetos também se recolhem. Em condições ambientais extremas, a alimentação pode minguar e, com isso, o desenvolvimento do metabolismo das abelhas sem ferrão também. Recente estudo publicado por um grupo de biólogos do Laboratório de Entomologia da Faculdade de Biociências da PUCRS constatou que, semelhante ao que ocorre com ursos polares, elas também reúnem alimento antes da chegada do frio. Chamado diapausa, o processo mostra que essas abelhas são capazes de sobreviver por longos períodos com menos alimento. Diferentemente das abelhas Apis mellifera, conhecidas por africanizadas por resultarem de uma mistura das europeias e africanas, as sem ferrão são nativas do RS.

 

– O nome popular dessas abelhas deve-se ao fato de o ferrão ser atrofiado. Para defender suas colônias, elas constroem ninhos em locais de difícil acesso – afirma a bióloga e diretora do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS, Betina Blochtein.

 

Nativas de regiões tropicais e subtropicais, as abelhas são usadas para produção de mel, manutenção de vegetações naturais, aumento da produção agrícola e equilíbrio do ecossistema pela polinização de plantas.

ORGANISMO

SUPERPODEROSO

O que garante o sucesso evolutivo de minúsculos seres vivos como abelhas, vespas, cupins e até mesmo de alguns tipos de formigas, segundo o biólogo e pesquisador da UFRGS Josué Sant’Ana, são as asas.

 

Como invertebrados alados, a fuga dos predadores e a localização do alimento são facilitados. Ter mecanismos de defesa física e química também ajuda a escapar do ataque de espécies maiores.

 

– Achamos que somos muito superiores e autossuficientes. A inteligência deles (desses insetos) é intuitiva em relação à dependência do outro e do meio – afirma o pesquisador.

 

No livro A Criação (publicado em 2008 no Brasil), o entomologista e biólogo americano Edward O. Wilson, conhecido pelo trabalho com ecologia e evolução, afirma que “as pessoas precisam dos insetos para sobreviver, mas os insetos não precisam delas”. Sobre as formigas, descreveu, em Diversidade da Vida (1992):

 

“São uma teia viva lançada como um superorganismo, pronta para se lançar sobre algum estoque abundante de alimento ou recuar diante de inimigos mais formidáveis. Um superorganismo que pode controlar e dominar o solo e o alto das árvores ao competir com organismos solitários comuns. É por isso que as formigas vivem em todos os lugares em tão grande número”.

 
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