23.ago, 1980 | Maracanãzinho (RJ)

Oswaldo Montenegro

Foto: Anibal Philot

Agência O Globo

FESTIVAL DA NOVA MÚSICA

POPULAR BRASILEIRA - MPB80

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AGONIA

Mongol

Se fosse resolver

iria te dizer

foi minha agonia

Se eu tentasse entender

por mais que eu me esforçasse

eu não conseguiria

E aqui no coração

eu sei que vou morrer

Um pouco a cada dia

E sem que se perceba

A gente se encontra

Pra uma outra folia

Eu vou pensar que é festa

Vou dançar, cantar

é minha garantia

E vou contagiar diversos corações

com minha euforia

E a amargura e o tempo

vão deixar meu corpo,

minha alma vazia

E sem que se perceba a gente se encontra

pra uma outra folia

Foi Deus que Fez Você

Luiz Ramalho

Foi Deus que fez o céu, o rancho das estrelas

Fez também o seresteiro para conversar com elas

Fez a lua que prateia minha estrada de sorrisos

E a serpente que expulsou mais de um milhão do paraíso

Foi Deus quem fez você

Foi Deus que fez o amor

Fez nascer a eternidade num momento de carinho

Fez até o anonimato dos afetos escondidos

E a saudade dos amores que já foram destruídos

Foi Deus

Foi Deus que fez o vento

Que sopra os teus cabelos

Foi Deus quem fez o orvalho

Que molha o teu olhar, teu olhar

Foi Deus que fez as noites

E um violão plangente

Foi Deus que fez a gente

Somente para amar, só para amar

Foi Deusr

A MASSA

Raimundo Sodré e Antônio Jorge Portugal

A dor da gente é dor de menino acanhado

Menino-bezerro pisado no curral do mundo a penar

Que salta aos olhos igual a um gemido calado

A sombra do mal-assombrado é a dor de nem poder chorar

Moinho de homens que nem girimuns amassados

Mansos meninos domados, massa de medos iguais

Amassando a massa a mão que amassa a comida

Esculpe, modela e castiga a massa dos homens normais

Quando eu lembro da massa da mandioca mãe, da massa

When I remember of "massa" of manioc

Nunca mais me fizeram aquela presença, mãe

Da massa que planta a mandioca, mãe

A massa que eu falo é a que passa fome, mãe

A massa que planta a mandioca, mãe

Quand je rappele de la masse du manioc, mére

Quando eu lembro da massa da mandioca

Lelé meu amor lelé no cabo da minha enxada não conheço "coroné"

Eu quero mas não quero (camarão). Minha mulher na função (camarão)

Que está livre de um abraço, mas não está de um beliscão

Torna a repetir meu amor: ai, ai, ai!

É que o guarda civil não quer a roupa no quarador

Meu Deus onde vai parar, parar essa massa

Meu Deus onde vai rolar, rolar essa massa