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1. Acusações de pedofilia

Em mais de uma oportunidade, Michael Jackson foi acusado de abuso sexual de crianças e adolescentes. A primeira foi em 1993, por Jordan Chandler, que tinha 13 anos então. Após um acordo milionário com a família da vítima, o caso foi arquivado. Em 2003, o cantor foi acusado de molestar Gavin Arvizo, um sobrevivente de câncer infantil que tinha 12 anos na época. Michael recebeu ordem de prisão e se entregou à polícia.

Após pagar uma fiança de US$ 3 milhões, Michael respondeu ao processo em liberdade e foi inocentado em 2005. Em 2019, novas acusações surgiram por meio do documentário Deixando Neverland. No filme, James Safechuck, 41 anos, e Wade Robson, 36, relatam com detalhes terem sido abusados sexualmente pelo cantor quando eram crianças.

2. Pai violento

Enquanto integrante do Jackson 5 e em trajetória solo desde cedo, Michael teve uma infância conturbada, principalmente por conta de seu pai, Joe Jackson (1928-2018), que comandava sua carreira. Ele obrigava os filhos a saírem da cama às 4h e a ensaiarem horas e horas durante o dia. Joe os vigiava com um cinto na mão. Se algum deles errasse um passo de dança, era surrado pelo patriarca.

Entre outros abusos, Joe chegava a invadir o quarto de Michael pela janela, usando uma máscara assustadora e gritando. Tudo para ensiná-lo a não deixar a janela aberta à noite. O cantor teria tido pesadelos com isso durante anos. No documentário Living with Michael Jackson (2003), Michael admitiu sentir tanto medo do pai que chegava a vomitar e desmaiar durante as turnês do Jackson 5. Joe sempre negava as agressões, embora admitisse ter sido duro com os filhos, mas para transformá-los em estrelas disciplinadas.

3. Síndrome de Peter Pan

Michael era descrito como uma criança em corpo de adulto. É como se o Rei do Pop procurasse constantemente resgatar a infância, que lhe foi tirada por conta do trabalho. Tanto que construiu Neverland, um rancho na Califórnia com mais de mil hectares que era a própria terra da fantasia para o astro – com cinema, games, brinquedos, um pequeno zoológico etc. Também havia estátuas de crianças pelo jardim.

Era um admirador declarado de Peter Pan, o personagem que se recusa a crescer. "Peter Pan tem um lugar especial no meu coração. Representa a juventude, nunca crescer", declarou o popstar em entrevista ao documentário Living with Michael Jackson. O entrevistador Martin Bashir questionou se o astro não queria crescer, ao que ele respondeu: "Não, eu sou o Peter Pan".

4. Dependência química

Em seus últimos 15 anos de vida, Michael Jackson tinha uma dependência "muito intensa" em drogas, conforme relatou o médico Petros Levounis, em 2013, em processo de homicídio movido pela família. Ele testemunhou para a promotora dos shows do músico, a AEG Live, e atestou que o Rei do Pop corria risco por conta própria durante a preparação para a turnê de retorno, em 2009.

Segundo informações da CNN, o advogado da família Jackson rebateu, argumentando que o vício de Michael não era novidade, já que foi obrigado a antecipar o encerramento da turnê Dangerous, em 1993, para entrar em reabilitação contra a dependência de analgésicos. Já o advogado de defesa da empresa apontou que o artista usava medicamentos derivados de ópio – como analgésicos para tratar de lesões no couro cabeludo sofridas quando o cabelo pegou fogo e por decorrência das cirurgias cosméticas. Michael morreu de overdose de profonol, um analgésico cirúrgico.

5. Acidente em comercial

Especula-se que o vício de Michael em analgésicos começou em 1984, após sofrer um acidente enquanto gravava um comercial para a Pepsi. Houve uma falha no equipamento de efeitos pirotécnicos que faziam parte da gravação e faíscas atingiram a cabeça do artista. O cantor não percebeu as chamas imediatamente e continuou atuando, mas logo foi socorrido por seguranças. Ele teve queimaduras de segundo grau no couro cabeludo. O Rei do Pop precisou fazer cirurgias para reparar o rosto, após o acidente.

6. Black or White

"Não vou passar a vida sendo uma cor", diz Michael Jackson na letra de Black or White. O artista era negro, mas se tornou completamente branco depois de adulto. Ele alegava sofrer de vitiligo – doença que ataca as células produtoras do pigmento que atribui a cor da pele. Sempre houve muita desconfiança sobre Michael ter se tornado branco por vontade própria. No entanto, um relatório completo da necropsia do cantor, divulgado em 2010 pela agência Reuters, confirma que ele tinha a doença – com manchas brancas especialmente no peito, abdômen, rosto e braços.

7. Plásticas

Segundo Katherine Jackson, mãe de Michael, relatou em 2010 em uma entrevista ao programa da apresentadora de TV Oprah Winfrey, seu filho era muito inseguro em relação a sua aparência desde a adolescência, quando costumava dizer que se achava feio. Sua primeira cirurgia foi no nariz, conforme Katherine, ainda jovem.

Ano a ano, seu rosto ia se transformando. Em 2009, Wallace Goodstein, cirurgião que dividia a clínica com o médico de Michael, revelou que o artista fez de 10 a 12 cirurgias em dois anos enquanto ele trabalhou lá. Segundo o médico, Michael realizou implantes de bochecha e de queixo, removeu o excesso de gordura das pálpebras e fez procedimentos no nariz.

8. Exposição do filho

Em novembro de 2002, quando passou por Berlim, na Alemanha, Michael resolveu cumprimentar as centenas de fãs que o cercavam ao redor do hotel onde estava hospedado. Ele foi até a varanda de seu quarto, no quarto andar, e, em vez de simplesmente acenar para o público, o astro balançou seu filho Prince Michael II do lado de fora da varanda com apenas um braço ao redor do pescoço da criança, que tinha a cabeça coberta por um pano.

A ação assustou os fãs presentes e foi duramente criticada pela imprensa na época. Michael pediu desculpas e declarou: "Cometi um erro terrível. Me deixei levar pela emoção do momento. Mas nunca iria pôr intencionalmente em risco a segurança dos meus filhos".

9. Vivendo com Michael Jackson

Em 2003, Michael topou participar do documentário Living with Michael Jackson, da rede de TV britânica ITV. Para isso, o jornalista Martin Bashir passou um período convivendo com o popstar. No entanto, o programa exibiu um pouco das extravagâncias de Michael, além de suas obsessões e manias. Foi nesse programa que o artista expôs sua relação com pai e comentou sobre sua síndrome de Peter Pan. O documentário também exibiu o lado consumista de Michael: o astro chegou a gastar US$ 6 milhões numa única saída.

Michael e seus assessores tiveram a ideia de convocar o jornalista britânico Martin Bashir, que havia "humanizado" a Princesa Diana em uma notória entrevista realizada em 1995. Diana abriu o coração e angariou a simpatia do mundo e Jackson achou que poderia obter o mesmo efeito em um especial de televisão idealizado por sua equipe. Ele acreditou que as pessoas o enxergariam como um "cara normal" e não como alguém que se envolvia em uma nova bizarrice de tempos em tempos.

10. Casamento frustrado

Em maio de 1994, Michael Jackson se casou com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley. A união, que ocorreu em meio à primeira acusação de abuso infantil pelo astro, durou 19 meses. "Eu não posso dizer quais eram as intenções dele, mas eu posso contar que estava totalmente apaixonada e acabei embarcando em toda essa coisa, da qual hoje não me orgulho", disse Lisa Marie em entrevista à revista Rolling Stone.

Ela também relatou que Michael desaparecia durante semanas. Mais tarde, em entrevista à jornalista Oprah Winfrey, Lisa declarou que adorava estar ao lado do popstar e cuidar dele, mas que o casamento não deu certo porque Michael se afastava. "Houve um momento que ele teve que decidir entre os remédios e vampiros (bajuladores) ou eu", revelou.

11. Casamento simulado

Em Deixando Neverland, James Safechuck, uma das vítimas de abuso infantil, alegou que o popstar lhe dizia que os relacionamentos públicos com mulheres serviam como fachada para que as pessoas não desconfiassem de nada. Michael teria dito também que iria precisar se casar, mas que isso não teria nenhum significado. Em um dos momentos mais chocantes do documentário, James revela que ele e Michael simularam um casamento com direito a troca de alianças, quando ainda era menino.

12. Filho com a Xuxa?

Em entrevista ao canal de Giovanna Ewbank no YouTube, em 2018, a apresentadora Xuxa relatou ter recebido uma proposta para ser mãe de um filho de Michael Jackson. Ela conheceu o Rei do Pop após um show na Espanha e depois foi convidada para visitar Neverland. Na hora de ir embora do rancho, o empresário de Michael lhe fez a proposta. "Acredito, eu não vi o contrato, que ia ser só... Não é casar, mas levar os filhos dele no ventre, vamos dizer assim", disse Xuxa.

"Acho que eles estavam procurando uma pessoa saudável, que não bebe, que não fuma, loira, de olho claro, e que gostasse de criança", analisou. Ela se sentiu chocada: "Me senti um pouco mal por isso, sabe? Não fiquei lisonjeada, não saí feliz da vida. Pô, o cara me chama aqui pra dizer que eu tenha no ventre os filhos dele... Como assim? Fiquei meio chocada!".

13. Desavença com beatle

Nos anos 1980, Michael Jackson e Paul McCartney foram parceiros nas músicas The Girl is Mine e Say, Say, Say. Porém, Michael deu uma bola nas costas do eterno beatle: em 1985, ele comprou os direitos sobre o legado musical do quarteto de Liverpool, tendo pago US$ 47,5 milhões na época.

Em 1995, Michael vendeu metade do catálogo para a gravadora Sony, por US$ 95 milhões – que iria adquirir a outra parte após o espólio do astro vender o restante, em 2016. Em entrevista ao apresentador David Letterman, o beatle disse que conversou com Michael sobre o valor de um artista e suas canções, mas o popstar teria respondido com frieza: "São apenas negócios, Paul".

Ele chegou a reclamar publicamente por ter de pagar para tocar suas próprias músicas. "Se toco Hey Jude, tenho de pagar", disse o músico. Paul conseguiria um acordo com a Sony em 2017. Apesar da desavença, o ressentimento com Michael teria ficado para trás. No entanto, o beatle se disse decepcionado após as acusações de Deixando Neverland virem à tona.

– Quando eu o conheci, era um cara muito legal. Não conhecia esse 'lado sombrio'. Fica muito difícil olhar para todas as memórias, que eram boas, e pensar: 'Ah, havia outras coisas acontecendo' – contou em entrevista à Rádio Futuro, do Chile, em 2019. –Para mim, eu estou bem em ficar apenas com as memórias pessoais que tenho dele. O outro lado é o outro lado. Eu não sei nada sobre isso' – completou.

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