Se você fechar os olhos e mentalizar uma cena de campanha eleitoral, provavelmente imaginará algo proibido ou desaconselhável em tempos de pandemia: comícios, debates e multidões em marcha estão fora de cogitação.
GZH listou os atos de campanha que devem sair de cena e outros que devem dar as caras em 2020.
Confira
Saem os debates presenciais...
A regra eleitoral não mudou, então todos candidatos de coligações com ao menos cinco representantes no Congresso precisam ser convidados aos debates em TV e rádio. Salvo acordo entre todas as candidaturas para um número menor de participantes, a tendência é que emissoras evitem promover debates no primeiro turno por restrições sanitárias.
...Entram os debates remotos
Nada impede que os debates ocorram em plataformas virtuais, com ferramentas que se popularizaram na pandemia. Em Porto Alegre, um já foi realizado na semana passada pela universidade iMED com o apoio de entidades.
Saem os comícios...
Comícios reúnem os maiores pesadelos dos infectologistas juntos: aglomerações, compartilhamento de microfone e muita gente falando e gritando em voz alta. Não devem ocorrer em 2020.
... Entram as lives
Por outro lado, candidatos pretendem atingir mais pessoas fazendo lives em perfis nas redes sociais. Para ampliar o público, candidatos buscarão ser entrevistados nos canais de simpatizantes das suas candidaturas, como artistas e outros políticos.
Saem os santinhos...
O manuseio de objetos, como material impresso, é uma das atitudes que deve ser evitada durante a pandemia, embora não esteja efetivamente proibida.
... Entram os cards de WhatsApp
Desta forma, o tradicional santinho deverá migrar para as telas de celulares, em listas de transmissão das candidaturas e incentivando sempre o compartilhamento em grupos pessoais do eleitorado.
Saem as caminhadas...
Os candidatos prometem não deixar de circular pela cidade, mas será difícil que elas aconteçam aos moldes tradicionais, em que a aglomeração é incentivada para aparentar mais gente. A tendência é que as candidaturas promovam menos esse tipo de evento nas agendas.
... Entram as carreatas abertas
Candidatos a prefeito e a vereador devem recorrer às caçambas abertas das caminhonetes. Uma forma de manter o distanciamento e mostrar proximidade do eleitorado ao mesmo tempo. No rosto, máscaras e acrílicos devem ganhar os números dos candidatos.
Saem os jantares e eventos...
Mais uma vez, não há proibição. Mas há o temor dentro das candidaturas que esses eventos acabarem contaminando não apenas os eleitores, mas os próprios candidatos, comprometendo a curta campanha de 2020. Para arrecadar fundos, serão buscadas novas formas.
....Entram as vaquinhas virtuais
Uma delas é o crowdfunding, a chamada vaquinha virtual. Às vésperas das eleições, já há sites oferecendo os serviços sobretudo aos candidatos a vereador. O uso de uma ferramenta pronta para este fim costuma custar ao candidato uma taxa de adesão mais um percentual de cada doação.