
A conclusão da obra de duplicação da RS-734, no trecho de 6,5 quilômetros entre o entroncamento da BR-392 até o pórtico de entrada de Rio Grande, deve ser adiada para junho de 2026.
A informação foi confirmada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), que aguarda a aprovação de um aditivo de prazo solicitado pelo consórcio de empresas responsável pela obra, após pedido da prefeita Darlene Pereira (PT).
O adiamento é atribuído à necessidade de desapropriações no trajeto e a inclusão de uma rua lateral no lado esquerdo da rodovia, entre a interseção com a BR-392 e o CTG Mate Amargo, projeto incluído pela Prefeitura de Rio Grande.
— Essa via lateral foi pensada para proporcionar uma distribuição de fluxo e diminuir o engarrafamento no entorno da Vila Maria, da Furg, para conseguir um fluxo maior e um trânsito mais seguro. Foi isso que levou a prefeita solicitar a mudança ao Daer — explicou o secretário de Infraestrutura de Rio Gande, Francisco Spotorno.
Em setembro, o Daer havia informado que a obra estaria finalizada até janeiro de 2026, restando apenas ajustes finais, como a drenagem.
A expectativa com os trabalhos simultâneos nos dois lados da pista era concluir o restante em quatro meses, reduzindo o tempo de deslocamento entre Rio Grande e o Balneário Cassino para 30 minutos.
Alteração no cronograma
Atualmente, os trabalhos estão focados na conclusão da rótula na interseção da Junção e alargamentos no lado esquerdo da rodovia, entre os quilômetros 4,5 e 5,5, e também entre os quilômetros 6 e 6,5. A sinalização vertical da rodovia, que estava prevista para ter sido realizada em setembro, foi adiada para este mês de outubro.
"O cronograma de execução também está sendo impactado por questões que dependem de reposicionamento das redes de abastecimento de água. Para a construção da rua lateral está em andamento o levantamento de custos", afirma o Daer em nota.
Entraves
A duplicação teve início em junho de 2022, sob responsabilidade da Construtora Conpasul. Em 2023, durante os trabalhos de terraplenagem e drenagem, a empresa precisou remanejar postes da CEEE Equatorial nas margens da rodovia, o que levou à paralisação da obra por 30 dias.
Em abril de 2023, a Conpasul desistiu da execução por não conseguir cumprir os prazos contratuais. A Construtora Pelotense, segunda colocada na licitação, assumiu os trabalhos em agosto do mesmo ano e permanece à frente da obra desde então.
As intervenções também foram interrompidas completamente entre setembro e novembro de 2023 e entre maio e junho de 2024 devido ao volume excessivo de chuvas. A enchente de 2024 agravou os atrasos, afetando a logística e a entrega de materiais e equipamentos, o que contribuiu para interrupções parciais ou totais ao longo de quase dois anos.
O investimento total na obra está estimado em R$ 60 milhões, sendo R$ 10 milhões a mais do que o orçamento inicial. Até o momento, 50% desse valor já foi utilizado.
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