
O número de prisões por estupro de vulnerável em Pelotas, no sul do Estado, mais do que dobrou em 2025. Enquanto no ano passado a Polícia Civil prendeu 20 suspeitos, neste ano já foram 47 detenções.
O crime ocorre quando há relação sexual ou qualquer ato libidinoso com alguém que não tem capacidade de consentimento, mesmo sem violência física. A lei abrange menores de 14 anos, pessoas com deficiência ou em situação de inconsciência, alcoolizadas ou sob efeito de drogas, por exemplo.
Segundo a Delegada Lisiane Mattarredona, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), os casos sempre existiram, mas o aumento no número de denúncias e o avanço das investigações contribuíram para que mais suspeitos fossem identificados e presos.
— Esse é um crime complexo e envolve muitos braços. As crianças precisam de um espaço para serem ouvidas e uma confiança para relatar os crimes. No caso do estupro de vulnerável, ele pode ser denunciado nas escolas, na rede de saúde, pela assistencia social, por isso é importante a informação e entendimento de todos os órgãos
A delegada também alerta para a exposição de crianças e adolescentes na internet, fator que tem relação direta com o aumento de casos de pedofilia. Para ela, a supervisão de pais e responsáveis é essencial diante do volume de conteúdo e de contatos possíveis em redes sociais e jogos online.
Ela acrescenta que o perfil dos pedófilos é de homens entre 20 e 50 anos, introspectivos, solteiros e que passam muito tempo na internet.
— Isso não é uma regra, mas em geral são homens que não namoram, passam muito tempo no celular ou computador e que tem esse comportamento de ficar horas na internet.
Os casos mais recentes foram registrados nesta terça-feira (4). Dois homens foram presos: um no bairro Areal, suspeito de abusar a enteada de 12 anos, e outro no bairro Três Vendas, investigado por crime contra um menino de sete anos.
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