
Um pai e um filho de Pelotas foram presos preventivamente na tarde desta segunda-feira (6) em Santa Cruz do Sul. Eles são investigados pela produção e venda de atestados médicos falsos em Pelotas.
Segundo as investigações, os suspeitos atuavam há mais de 10 anos fornecendo atestados falsos para trabalhadores, principalmente do comércio da região central de Pelotas. O pai tem 69 anos e o filho, 38 anos. Ambos se mudaram para Santa Cruz do Sul há poucos meses.
De acordo com a polícia, cada documento era vendido por R$ 60, e o esquema era amplamente divulgado entre os colegas de trabalho e conhecidos. Já foram registradas ao menos 26 ocorrências de vítimas e empregadores que identificaram o documento falso.
O esquema foi descoberto após uma médica denunciar a emissão de um atestado em seu nome sem que tivesse realizado atendimento, o que permitiu o rastreamento da origem das falsificações e a identificação dos responsáveis.
A ação foi coordenada pelos delegados César Nogueira, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Pelotas, e Guilherme Dill, da 1ª DP de Santa Cruz do Sul.
O delegado César Nogueira explicou que os documentos falsos usavam o timbre da prefeitura de Pelotas, como se fossem emitidos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Segundo ele, o preso mais velho era dono de uma loja de xerox no centro da cidade.
— No computador que foi apreendido na casa do pai, a gente encontrou no CorelDraw, que é um programa de edição, o carimbo de médicas — explicou o delegado. — O pai começou com essa prática e depois o filho deu continuidade.
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