Dezenas de manifestantes tomaram as ruas de Pelotas e Rio Grande em protesto contra pautas que tramitam no Congresso Nacional. As manifestações aconteceram na tarde desta quarta-feira (24),
A mobilização reuniu representantes de sindicatos, partidos políticos e estudantes, que se posicionaram contra o projeto de lei da Anistia, a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, além de defenderem o fim da escala 6x1 de trabalho e a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.
Em Pelotas, o protesto foi realizado no Largo do Mercado Central. Com cartazes nas mãos, os manifestantes expressaram suas reivindicações e, em um ato simbólico, atearam fogo em imagens de deputados em sinal de repúdio às propostas que consideram prejudiciais aos trabalhadores e à democracia.
— Nós precisamos sepultar a anistia. Não se anistia fascista. Também estamos contra a jornada 6x1. Nós queremos que os trabalhadores tenham direito ao lazer e não vivam nesse regime — disse o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros do Rio Grande do Sul, Sergio Arnoud.
No município de Rio Grande, a manifestação foi realizada no Coreto da Praça Tamandaré e contou a presença de representantes sindicais, estudantes e integrantes de partidos de esquerda.
No ato, os manifestantes destacaram a importância da mobilização popular como ferramenta de pressão contra medidas que, segundo eles, favorecem a impunidade e retiram direitos da classe trabalhadora. Os discursos também celebraram o arquivamento da PEC da Blindagem.
— O Congresso acabou freando essa PEC e isso serve de alerta. Alerta para que estejamos sempre mobilizados nas pautas de interesse da população, dos trabalhadores e estudantes — afirmou a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Rio Grande, Mariana Lindenmeyer.
As manifestações nos dois municípios da Zona Sul integram um movimento nacional que tomou as ruas de 22 capitais brasileiras no último domingo (21).
Organizadas por centrais sindicais, movimentos sociais e entidades estudantis, as mobilizações têm como foco a defesa da democracia, dos direitos trabalhistas e o combate a propostas legislativas que limitam a fiscalização e o acesso à justiça.



