
A Justiça do Rio Grande do Sul deu um prazo de 10 dias para que o ex-presidente do Brasil de Pelotas, Evânio Tavares, o ex-CEO Wederson Antonossi, conhecido como Mineiro, e o ex-responsável pela Central de Sócios, Tiago Rezende, apresentem defesa por escrito às acusações de associação criminosa e apropriação indébita majorada.
A denúncia foi recebida pelo juiz Rodrigo Dutra Dornelles, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Pelotas, que recebeu a denúncia do Ministério Público nesta terça-feira (14). Com isso, os três ex-dirigentes passam oficialmente à condição de réus no processo que apura o desvio de recursos dos cofres do clube.
Segundo a denúncia, os ex-dirigentes teriam se associado entre o final de 2021 e junho de 2023 para desviar receitas do Brasil de Pelotas, utilizando empresas em seus próprios nomes e misturando patrimônio pessoal e do clube. O esquema envolveria valores de patrocínio, mensalidades de sócios e bilheteria, além de falta de transparência na gestão.
O magistrado também autorizou o compartilhamento das provas com o Ministério Público para embasar um inquérito civil que investiga possível gestão temerária na condução administrativa do clube.
A denúncia é um desdobramento da Operação Marcola, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações apontam que o trio teria desviado mais de R$ 700 mil, incluindo R$ 471 mil da premiação da Copa do Brasil de 2023, depositada diretamente na conta de um dos acusados.
O Ministério Público também pede a condenação dos três ao pagamento de indenização mínima de R$ 770 mil, valor equivalente ao prejuízo causado ao Brasil de Pelotas.
A reportagem entrou em contato com os réus, mas não obteve retorno.
Fique informado sobre o que acontece na região sul do Estado! Siga @gzhzonasul no Instagram e no Facebook, e inscreva-se no canal do WhatsApp para receber notícias em seu celular: gzh.rs/canalgzhzs.


