
Viajar é uma das experiências mais prazerosas que existem, mas arrumar as malas pode facilmente se tornar o momento mais estressante da preparação. No caso da mala de mão, o desafio é ainda maior: cada centímetro e cada grama contam.
Ela precisa caber nos compartimentos da cabine, respeitar o limite de peso e, ao mesmo tempo, comportar tudo o que é essencial para o voo.
A escolha da mala certa influencia diretamente no conforto, na mobilidade e até no custo da viagem. Uma mala fora do padrão pode ser barrada no embarque e gerar taxas extras de despacho.
Por isso, antes de comprar, vale entender o que dizem as regras e o que observar em termos de material, peso e estrutura.
Pensando nisso, Zero Hora consultou manuais das principais marcas e sites especializados em viagem e reuniu orientações práticas para identificar o modelo ideal de mala de mão.
O que você vai encontrar:
ZH Indica: guia de compras
Como comprar a melhor mala de mão

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a mala de bordo pode pesar até 10 quilos (kg), incluindo a estrutura, e deve medir 55 centímetros (cm) de altura, 35 cm de largura e 25 cm de profundidade, contando as rodinhas e a alça retrátil.
Pequenas variações podem existir entre as companhias aéreas. Então, é sempre importante conferir as dimensões específicas no site da empresa antes do embarque.
A partir dessas medidas, entram em cena outros fatores que fazem toda a diferença. O primeiro deles é o material.
As malas rígidas, feitas de ABS (um termoplástico versátil), policarbonato ou polipropileno, oferecem proteção para objetos delicados, resistem bem à umidade e são fáceis de limpar. Por outro lado, costumam ser mais pesadas e têm menos bolsos externos.
Já as malas flexíveis, normalmente de nylon ou poliéster, são leves, maleáveis e acomodam melhor o conteúdo — ideais para quem precisa de um pouco mais de espaço ou viaja com frequência.
O peso também merece atenção. Modelos de até três quilos vazios são os mais indicados, já que permitem aproveitar melhor o limite de 10kg permitido pela Anac.
O ideal é encontrar um equilíbrio entre leveza e resistência, especialmente se você costuma carregar eletrônicos ou roupas mais volumosas.
Organização e mobilidade

Por dentro, uma boa mala se revela pelos detalhes de organização. Divisórias, elásticos, compartimentos com zíper e forros acolchoados ajudam a manter tudo em ordem e a proteger os pertences durante o trajeto.
Modelos com zíper expansivo podem ser práticos para o retorno da viagem, quando sempre parece haver mais coisas para trazer. Mas é preciso cuidado para não ultrapassar o tamanho permitido pela companhia aérea.
Outro ponto essencial é a mobilidade. Rodinhas de boa qualidade fazem toda a diferença na experiência de uso. Prefira as que giram 360º (graus), em todas as direções, e que sejam duplas e de borracha ou poliuretano, materiais mais silenciosos e resistentes. As rodas embutidas também ajudam a evitar danos durante o transporte.
As alças merecem o mesmo cuidado. Dê preferência a modelos com alça superior e lateral, que facilitam levantar e guardar a mala, e puxador telescópico com ajuste de altura, evitando desconforto nos deslocamentos mais longos dentro do aeroporto.
Segurança e recursos extras

A segurança é outro fator importante, mesmo para bagagens de cabine. Muitas malas já vêm com cadeado embutido, e o sistema TSA (Travel Sentry Approved, do inglês) é o mais indicado, pois pode ser aberto por agentes de segurança sem causar danos à estrutura.
Caso o modelo escolhido não tenha trava, um cadeado numérico simples já oferece proteção suficiente contra aberturas acidentais ou furtos rápidos.
Modelos com zíper antifurto, revestimento interno acolchoado e localizador Bluetooth agregam praticidade e segurança.
O que mais considerar

Vale também considerar o design: malas coloridas ou estampadas são mais fáceis de identificar e reduzem o risco de confusão, especialmente em viagens com múltiplas conexões.
No fim das contas, a melhor mala de mão é aquela que combina tamanho adequado, estrutura leve e boa durabilidade.
Evite investir apenas no visual: o mais importante é que o modelo suporte bem o uso constante e traga conforto durante o transporte.
Antes da compra, é recomendável testar o deslizar das rodas, verificar a firmeza do puxador e conferir a garantia oferecida pelo fabricante.
Passo a passo para escolher a melhor mala de mão
Confira as regras da Anac e da companhia aérea
- O limite máximo é de 10kg, incluindo a estrutura da mala
- As dimensões padrão são 55 cm (altura) x 35 cm (largura) x 25 cm (profundidade), já contando alça e rodinhas
- Algumas companhias podem ter variações sutis. Consulte sempre o site oficial antes do embarque
Escolha o material ideal para o seu tipo de viagem
- Rígidas (ABS, policarbonato, polipropileno): mais resistentes à umidade e impactos, ideais para proteger eletrônicos e objetos delicados
- Flexíveis (nylon, poliéster): mais leves e maleáveis, ótimas para quem precisa de espaço extra e viaja com frequência
Priorize o peso leve da estrutura
- Prefira modelos de até três quilos vazios, assim você aproveita melhor o limite total de 10kg
- Avalie o equilíbrio entre leveza e resistência, especialmente se carrega itens mais pesados
Observe a organização interna
- Divisórias, elásticos e compartimentos com zíper ajudam a manter tudo no lugar
- Forros acolchoados protegem roupas e eletrônicos
- Modelos com zíper expansivo são úteis, mas podem ultrapassar o tamanho permitido se usados sem cuidado
Avalie a mobilidade das rodas
- Prefira rodinhas duplas e giratórias 360º, que facilitam o deslocamento
- Rodas de borracha ou poliuretano são mais silenciosas e duráveis
- As rodas embutidas reduzem o risco de quebra durante o transporte
Teste as alças e o puxador
- Tenha alças superior e lateral para facilitar o manuseio
- O puxador telescópico com ajuste de altura evita desconfortos e melhora a ergonomia
Invista em segurança
- Dê preferência a modelos com cadeado embutido TSA (Travel Sentry Approved), padrão aceito em aeroportos internacionais
- Se o modelo não tiver trava, leve um cadeado numérico simples
Considere recursos extras
- Zíper antifurto, localizador Bluetooth e revestimento interno acolchoado são diferenciais úteis
- Cores vivas ou estampas facilitam a identificação da mala em voos com conexões
Faça o teste antes de comprar
- Deslize a mala para sentir a suavidade das rodas
- Teste o puxador, verifique a firmeza das alças e o acabamento
- Confira se há garantia do fabricante, sinal de durabilidade e confiança
Perguntas frequentes (FAQ) sobre malas de mão
O que acontece se a mala de mão ultrapassar o tamanho permitido?
Ela pode ser barrada no embarque e despachada no porão, gerando cobrança adicional. Em alguns casos, o passageiro precisa reorganizar a bagagem no balcão.
Posso levar líquidos na mala de bordo?
Sim, mas em frascos de até 100 mililitros (ml) cada, dentro de uma sacola plástica transparente de até um litro. Essa regra segue normas internacionais de segurança.
É melhor ter uma mala rígida ou flexível?
Depende do tipo de viagem: rígida protege mais, mas ocupa espaço fixo; flexível é leve e se adapta melhor a bagagens mistas. Muitos viajantes frequentes preferem ter um modelo de cada.
Posso comprar uma mala fora do Brasil e usá-la aqui?
Sim, desde que respeite as medidas da Anac. Algumas malas compradas no exterior são ligeiramente maiores — verifique antes de embarcar.
As malas com USB embutido valem a pena?
Alguns modelos têm porta USB para powerbank, o que é útil em aeroportos. Mas é importante que o carregador portátil seja removível, pois baterias fixas não são aceitas em voos.
Como saber se a mala é de boa qualidade?
Cheque a espessura do material, o acabamento interno, o tipo de zíper (metálico é mais resistente) e a garantia oferecida. Testar o movimento das rodas também ajuda a perceber a durabilidade.
Onde é melhor comprar: loja física ou online?
Lojas físicas permitem testar rodinhas e puxadores, mas lojas online costumam ter mais variedade e melhores preços. Ao comprar pela internet, prefira sites com avaliações de clientes e política clara de devolução.















