
Com uma grande diversidade de modelos, tecnologias e preços no mercado, escolher um novo smartphone em 2025 pode ser desafiador. São dezenas de marcas, especificações técnicas difíceis de comparar e promessas que nem sempre se cumprem no uso real.
Afinal, como saber qual aparelho realmente atende ao seu perfil, sem estourar o orçamento ou ficar desatualizado em pouco tempo?
Para ajudar na escolha, Zero Hora ouviu especialistas em tecnologia, manutenção e segurança digital para reunir os principais critérios que devem ser considerados antes de levar um celular para casa.
Também é possível conferir o review de outros produtos no ZH indica.
Como escolher o melhor smartphone

O primeiro passo para acertar na compra é fazer uma autoavaliação: como você usa o celular no dia a dia? Se a resposta envolve jogos, é essencial focar em desempenho e tela de alta taxa de atualização.
Já quem trabalha com conteúdo ou gosta de registrar o cotidiano com qualidade, deve investir em boas câmeras, com estabilização óptica e software de imagem eficiente.
Para usuários mais básicos, fluidez no sistema e boa autonomia de bateria são os diferenciais mais relevantes.
— O melhor smartphone é o que equilibra custo, desempenho e o que importa pra você — destaca Rafael Franco, especialista em tecnologia da informação e CEO da Alphacode.
Ele lembra que o segredo está em priorizar os recursos que realmente farão diferença na sua rotina. O especialista em tecnologia e cibersegurança Ataíde Junior reforça:
— É fundamental priorizar o uso que você fará, mas também considerar a segurança do aparelho e a garantia de atualizações para proteger seus dados.
ZH Indica: guia de compras
Desempenho e memória RAM: o que é suficiente em 2025?

Um bom desempenho depende de um conjunto equilibrado: processador eficiente, RAM adequada, sistema otimizado e boa gestão energética.
Hoje, entre 6GB e 8GB de RAM já atendem com folga ao uso comum — navegação, redes sociais e vídeos. Para quem faz multitarefa intensa, como jogos ou edição de vídeo, 12GB é mais recomendado.
— Devido à quantidade de aplicativos que usamos no dia a dia, o mínimo recomendado hoje é de 8GB de RAM para uma experiência fluida e sem travamentos — detalha Wanessa Toledo, responsável pela assistência técnica Doutor Celular.
Franco ressalta que os nomes dos processadores (como Snapdragon, Exynos ou MediaTek) nem sempre dizem tudo.
— O ideal é buscar testes de desempenho por modelo e acompanhar análises que mostrem o uso real: jogos, multitarefa, aquecimento e consumo de bateria — explica.
Ataíde acrescenta que é importante observar também o histórico de atualizações e segurança dos aparelhos com cada chip.
— É isso que garante longevidade e proteção no uso contínuo — completa.
Câmera: o mito dos megapixels

Nem sempre mais megapixels (MP) significam melhores fotos. Segundo os especialistas, a qualidade da imagem depende do sensor, da abertura da lente, da estabilização, do software de processamento e da iluminação disponível.
— Há câmeras de 12MP que entregam muito mais qualidade que sensores de 64MP mal otimizados. A qualidade do sensor, a lente e o processamento de imagem são mais importantes do que o número bruto de megapixels — observa Franco.
Para vídeos e criação de conteúdo, vale priorizar a estabilização óptica, uma boa lente principal, gravação em 4K e microfones com cancelamento de ruído.
Tela e sistema operacional

O tamanho e a tecnologia da tela impactam diretamente a experiência de uso. Telas OLED e AMOLED oferecem contraste superior e cores vibrantes. Já taxas de atualização mais altas, como 90Hz ou 120Hz, tornam a navegação mais fluida, especialmente em jogos e vídeos.
O sistema operacional também deve ser considerado. Android e iOS têm propostas diferentes: enquanto o iOS é mais fechado e intuitivo, o Android oferece variedade de marcas, preços e personalizações.
A escolha depende do gosto pessoal, mas o que realmente pesa é a política de atualizações. Sistemas atualizados garantem segurança, desempenho e acesso a novos recursos por mais tempo.
Armazenamento

Um bom espaço interno evita dores de cabeça no futuro. Celulares com 128GB atendem bem à maioria dos usuários, mas quem grava muitos vídeos ou usa apps pesados pode precisar de 256GB ou mais.
Quando o armazenamento se aproxima da capacidade máxima, o desempenho do aparelho costuma cair, motivo suficiente para investir em uma margem de segurança.
Bateria e carregamento
Se antes era comum ficar dias sem recarregar o celular, hoje a realidade é outra. Com o uso constante de redes sociais, vídeos e jogos, uma boa duração de bateria está entre 12h e 24h, segundo Wanessa.
— Um dia completo de uso intenso com pelo menos 5h de tela ativa — detalha Franco.
Mais importante que a capacidade em miliampere-hora (mAh) é a eficiência energética do conjunto, o casamento entre software e hardware. O carregamento rápido, por sua vez, é seguro quando realizado com o carregador original e sem uso intenso do aparelho durante o processo.
— Carregamento rápido usa controle de tensão e temperatura. Se bem implementado, o risco é baixo, mas o uso contínuo pode impactar a vida útil da bateria — alerta Ataíde.
Recursos extras

Funções como NFC (para pagamentos por aproximação), Wi-Fi 6 (para conexões mais rápidas e estáveis) e Bluetooth 5.3 (para melhor desempenho com fones de ouvido e acessórios) não são essenciais, mas fazem diferença para quem busca conectividade avançada.
— O impacto dessas tecnologias depende do seu uso e da compatibilidade dos dispositivos conectados, mas podem agregar bastante na rotina — lembra Ataíde.
Custo-benefício
Em um mercado repleto de opções, o melhor custo-benefício está nos aparelhos que oferecem desempenho sólido, boa autonomia de bateria, câmeras funcionais e suporte contínuo a atualizações, tudo isso dentro da faixa de preço compatível com o seu perfil.
— Um erro comum é comprar só pelo hype: focar em marcas, números de câmera ou design chamativo, e esquecer o que realmente importa no dia a dia, como atualizações, fluidez do sistema e duração de bateria — alerta Franco.
Hora de trocar

A troca de aparelho faz sentido quando o desempenho começa a travar, o sistema não recebe mais atualizações de segurança ou o celular deixa de atender a novas demandas, como redes 5G e câmeras mais avançadas. Em geral, um bom modelo pode durar de dois a três anos com uso normal.
— Trocar todo ano perdeu relevância com o avanço de performance e durabilidade — ressalta Franco.
Pequenos cuidados ajudam a estender essa vida útil: limpar o sistema, revisar os apps instalados, manter o armazenamento sob controle e, eventualmente, fazer uma restauração completa são boas práticas para manter o desempenho em alta por mais tempo.
Passo a passo para escolher o smartphone ideal
- Entenda seu perfil de uso: gamer, criador de conteúdo ou uso básico?
- Avalie desempenho: opte por um bom conjunto processador + RAM (mínimo de 6GB; ideal com 8GB ou mais)
- Câmera não é só megapixel: observe sensor, lente, abertura, estabilização e software de imagem
- Escolha uma boa tela: dê preferência a OLED/AMOLED com taxa de atualização alta, se possível
- Sistema operacional: considere a política de atualizações (segurança, novos recursos, suporte)
- Armazenamento ideal: hoje, 128GB é o mínimo. Avalie se 256GB se encaixa melhor no seu uso
- Verifique a bateria: de 4000 a 5000mAh e bom gerenciamento de energia são essenciais
- Use carregamento rápido com segurança: dê preferência ao carregador original e evite uso intenso
- Considere recursos extras: NFC, Wi-Fi 6, Bluetooth 5.3 — úteis para conectividade moderna
- Compare custo-benefício com atenção: não foque só no preço — avalie atualizações, suporte e desempenho real
Perguntas frequentes (FAQ) sobre smartphones
O que ter em mente na hora de comprar um smartphone?
É fundamental entender seu perfil de uso. Quem joga, precisa de desempenho gráfico e boa tela; quem cria conteúdo, deve priorizar câmeras de qualidade; e quem usa apenas redes sociais, pode focar em fluidez, autonomia e custo-benefício.
Segurança, atualizações e suporte também devem entrar na conta.
O que define um bom desempenho?
Um conjunto equilibrado de processador eficiente, memória RAM adequada (6GB no mínimo), sistema bem otimizado e boa gestão energética. É o equilíbrio entre hardware e software que garante fluidez no dia a dia.
Quantos GB de RAM são suficientes?
Em média, 6GB já atendem bem ao uso comum (redes sociais, vídeos, apps de mensagens). Quem faz multitarefa intensa ou usa o celular para jogos e edição de vídeo deve buscar 8GB ou mais.
Como entender a real diferença entre processadores?
Não basta olhar apenas o nome (como Snapdragon, MediaTek ou Exynos). O ideal é consultar testes práticos de desempenho e benchmarks, além de verificar o histórico de atualizações e consumo energético dos chips em questão.
Mais megapixels significam melhores fotos?
Não. A qualidade da câmera depende do sensor, da lente, da abertura, da estabilização e do software de processamento. Câmeras com menos megapixels, mas com boa otimização, podem entregar resultados superiores.
Para quem gosta de criar conteúdo, que tipo de câmera ou recurso vale priorizar?
Priorize a lente principal de boa qualidade, gravação em 4K, estabilização óptica e microfones com cancelamento de ruído. Recursos como foco automático preciso e modos manuais também ajudam.
O que é considerada uma boa duração de bateria em 2025?
Entre 12h e 24h com uso moderado a intenso. A capacidade da bateria (em mAh) deve ser combinada com um sistema que saiba gerenciar bem energia — geralmente acima de 4000 mAh.
Como funciona o carregamento rápido? Há riscos?
O carregamento rápido regula tensão e temperatura para acelerar a carga. É seguro quando se usa o carregador original. Porém, o uso frequente em altas potências pode encurtar a vida útil da bateria. Evite usar o celular durante a recarga.
Tecnologias como NFC, Wi-Fi 6 e Bluetooth 5.3 realmente impactam o uso?
Sim, para quem utiliza essas funções: NFC para pagamentos por aproximação; Wi-Fi 6 para conexões mais rápidas e estáveis; Bluetooth 5.3 para melhor desempenho com fones e acessórios. Não são obrigatórias, mas agregam valor à experiência.
Frequência de atualizações de sistema e segurança deve influenciar na compra?
Sim. Atualizações garantem mais segurança, estabilidade, compatibilidade com apps e acesso a novos recursos. Dê preferência a marcas que oferecem suporte contínuo por pelo menos dois a três anos.
Android ou iOS: o que considerar na escolha?
O Android oferece mais opções de modelos, preços e personalizações. O iOS é mais fechado, seguro e com atualizações mais consistentes. A escolha depende da familiaridade do usuário, dos apps usados e da integração com outros dispositivos.
Como avaliar o melhor custo-benefício em meio a tantas opções?
Compare desempenho real, qualidade de tela, câmeras, bateria, suporte e atualizações. Fuja de modelos antigos, de marcas sem suporte e de aparelhos que oferecem muito em números, mas pouco na prática.
Vale a pena investir em modelos topo de linha?
Intermediários premium já entregam ótima performance para a maioria das tarefas. Modelos topo de linha só fazem diferença para quem realmente exige o máximo em câmera, vídeo ou performance em jogos.
Quais são os principais erros cometidos na hora de comprar?
Comprar só pelo preço ou hype, escolher modelos antigos demais, ignorar as políticas de atualização e avaliar só os números (como megapixels ou memória RAM), sem entender o conjunto.
Com que frequência vale a pena trocar de smartphone hoje?
Entre dois e três anos, ou quando o aparelho começa a travar, deixa de receber atualizações ou não atende mais às necessidades (como suporte ao 5G, por exemplo).
O que realmente compromete o desempenho?
Armazenamento cheio, apps rodando em segundo plano, bateria degradada e sistema desatualizado. Fazer limpeza periódica, revisar apps e manter o sistema em ordem prolonga a vida útil do celular.
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