
Um homem de 50 anos foi internado em Garça, no interior de São Paulo, após beber uma garrafa de água possivelmente contaminada. Ele apresentou sintomas de intoxicação e foi levado para atendimento médico, onde foi constatado que ele havia sofrido queimaduras no estômago e no esôfago. A Secretaria de Saúde do município informou que o laudo pericial sobre a água ainda não foi concluído.
Durante o atendimento, uma enfermeira que manuseou a garrafa sofreu queimaduras nas mãos, o que reforçou a suspeita de contaminação. Além dele, uma mulher que consumiu a mesma marca também relatou sintomas. Ela recebeu atendimento e foi liberada.
A Vigilância Sanitária e a perícia estiveram na fábrica responsável pelo produto para investigar o caso. A Polícia Civil recolheu outras garrafas do mesmo lote.
Entenda o caso
Na sexta-feira (10), Alexandre Carpine estava no trabalho quando pegou duas garrafas lacradas de água da marca Mineratta na geladeira da sala de reuniões. Assim que tomou os primeiros goles, percebeu algo anormal, contou ao g1.
— Achei que fosse uma água com gás muito ruim, que estava no lugar errado — contou.
Pouco depois, ele começou a passar mal e foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Garça, apresentando vômito com sangue e forte queimação na garganta. O atendimento foi rápido, mas a presença de sangue acendeu o alerta. Durante o socorro, uma enfermeira que entrou em contato com a garrafa também sofreu queimaduras nas mãos.
Alexandre precisou ser internado e passou por exames, incluindo endoscopias, que revelaram queimaduras no estômago e no esôfago. Por conta disso, foi necessário iniciar alimentação por sonda. Atualmente, ele segue uma dieta especial e recebe acompanhamento médico e suporte da distribuidora.
— No geral, estou bem melhor — disse.
Investigação
A investigação aponta que a água foi engarrafada em uma fábrica de Pinhalzinho (SP). A Polícia Civil, a perícia e a Vigilância Sanitária estiveram na unidade produtora na sexta-feira, mas não encontraram irregularidades aparentes na primeira vistoria. Ainda não foi possível identificar em qual etapa teria ocorrido a contaminação.
O que dizem a distribuidora e a empresa responsável pelo envase
A distribuidora, que realiza apenas a distribuição do produto, ressaltou que está prestando todo o apoio necessário à vítima e que aguarda o resultado das análises para definir medidas.
Já a empresa responsável pelo envase da água Mineratta afirmou que segue rígidos controles de qualidade, acompanha o caso desde a notificação e presta apoio à pessoa hospitalizada. Também informou que colabora com as autoridades nas novas perícias.
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