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Paleta perfeita
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Como combinar as cores para pintar Bobbie Goods? Dicas ajudam a aprimorar os livros de colorir

Para criar composições atraentes, a teoria das cores pode servir como guia para transformar o resultado da sua pintura

Zero Hora

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Jay/Bobbie Goods Oficial
Saber harmonizar as cores pode deixar o desenho mais bonito.

Na hora de colorir o livro Bobbie Goods, mesmo conhecendo técnicas de pintura, dominando os tipos de texturas e tendo os materiais certos, às vezes o resultado não sai tão interessante quanto o imaginado. Muitas vezes o problema está na harmonia entre os tons escolhidos. Afinal, o que de fato mais impacta o resultado de um desenho é a combinação de cores

Isso porque não é tão intuitivo quanto parece: escolher cores que funcionem bem juntas exige entender o papel de cada tom na composição. Descobrir como elas se relacionam e como se diferem é o primeiro passo para criar arranjos equilibrados.

Tipos de cores

Para criar composições interessantes, a teoria das cores pode servir como guia para transformar o resultado da sua pintura. Veja abaixo algumas dicas para pintar os Bobbie Goods:

Tons quentes e frios

As cores quentes — como vermelho, laranja e amarelo — são vibrantes e passam energia, alegria e movimento. Elas costumam chamar atenção e são ideias para destacar elementos principais ou criar um clima acolhedor e ativo. 

Já as cores frias, como azul, verde e roxo, transmitem calma, equilíbrio e tranquilidade. São ideais para fundos, composições suaves ou quando se quer um visual mais relaxante.

Cores saturadas e suaves

Além da temperatura, existe a intensidade da cor. As cores saturadas são fortes, vivas e chamativas, perfeitas para contrastes e detalhes. As cores suaves (ou dessaturadas) têm um aspecto mais leve, trazendo delicadeza e harmonia visual.

Combinar saturadas com suaves ajuda a equilibrar a composição: enquanto uma atrai o olhar, a outra deixa espaço para respiração visual.

O círculo cromático

Camila Mendes/Agência RBS
Circulo cromático é uma ferramenta que organiza as cores e ajuda a entender como elas se relacionam entre si.

Uma das melhores ferramentas para entender a teoria das cores é o círculo cromático — também chamado de roda de cores. Ele organiza as primárias (vermelho, amarelo e azul) e suas misturas, que criam as demais colorações, mostrando de forma visual como elas se combinam. 

Usar o círculo cromático na hora de escolher as cores para desenhos Bobbie Goods ajuda a evitar excessos e criar paletas harmônicas — seja para uma arte colorida e vibrante, seja para algo mais suave e equilibrado.

  • Cores primárias: vermelho, amarelo e azul. São as cores base — não dá para criá-las misturando outras.
  • Cores secundárias: laranja, verde e roxo. Nascem da mistura de duas primárias.
  • Cores terciárias: são o meio-termo, formadas ao misturar uma cor primária com uma secundária (como vermelho-alaranjado ou azul-esverdeado).

Cores de fundo

Cada cor é formada a partir das cores primárias (vermelho, azul e amarelo). Quando uma cor tem mais “influência” de uma dessas primárias, dizemos que ela tem fundo quente (se for vermelho ou amarelo) ou fundo frio (se for azul). Então, Um verde amarelado tem fundo quente, porque o amarelo é quente. Já um verde azulado tem fundo frio, devido ao azul.

Cores diferentes podem combinar quando compartilham o mesmo fundo primário. Exemplo: um roxo avermelhado combina melhor com um laranja avermelhado, porque os dois têm o vermelho como base. Mas um roxo azulado não harmoniza tão bem com um laranja amarelado, já que vêm de “fundos” diferentes (um é frio, outro é quente). Tons com cores de base diferente ainda podem ficar boas juntas, mas elas "competem" visualmente, diminuindo a harmonia.

Camila Mendes/Agência RBS
A cor primária dominante que serve como base de outras cores define sua harmonia.

Tipos de combinação de cores

Existem várias formas de montar uma paleta usando o círculo cromático. As mais comuns (e seguras) são:

Cores complementares

Camila Mendes/Agência RBS
Cores complementares são opostas no círculo e juntas criam contraste e destaque.

São as que ficam em lados opostos do círculo — como azul e laranja, vermelho e verde, amarelo e roxo. Elas criam contraste forte e destaque visual. Perfeito para fazer com que um elemento se sobressaia na pintura.

Cores análogas

Camila Mendes/Agência RBS
Cores análogas ficam lado a lado no círculo e garantem harmonia e transições suaves.

São as vizinhas no círculo, como vermelho, laranja e amarelo ou azul, verde e turquesa. Elas combinam naturalmente e geram harmonia suave, ótima para fundos, paisagens e composições equilibradas.

Cores triádicas

Camila Mendes/Agência RBS
Cores triádicas formam um triângulo no círculo, trazendo equilíbrio entre contraste e diversidade.

São três cores equidistantes no círculo, formando um triângulo imaginário — por exemplo, as cores primárias são uma combinação triádica. Esse tipo de combinação é mais vibrante e equilibrada, trazendo variedade sem perder a harmonia.

Cores meio complementares

Camila Mendes/Agência RBS
Cores meio complementares combinam uma cor com duas vizinhas da sua oposta, gerando contraste mais leve.

Cores meio complementares são variações mais suaves das complementares. Em vez de usar exatamente a cor oposta no círculo, se usa as duas que ficam ao lado dela.

Por exemplo: se a cor base for azul, em vez de usar o laranja puro, a dica é combinar o vermelho-alaranjado e amarelo-alaranjado. O resultado é uma harmonia com bom contraste, mas menos agressiva visualmente — perfeita para dar destaque sem pesar na composição.

Monocromático

Camila Mendes/Agência RBS
Combinação monocromática aposta em variações de uma mesma cor, criando unidade e elegância visual.

Aqui, a ideia é trabalhar com variações de uma mesma cor — clareando ou escurecendo o tom. É possível usar canetas de diferentes intensidades da cor ou sobrepor camadas com o mesmo tom mais claro para deixá-lo com efeito mais escuro.

Esse tipo de combinação é o mais simples e elegante, ideal para quem busca uniformidade e equilíbrio. Funciona muito bem no estilo Bobbie Goods, especialmente para um resultado delicado e coeso, com contraste suave e visual limpo.

O que não fazer?

Cores “que não combinam” são aquelas que entram em conflito visual quando usadas juntas. Isso acontece por alguns motivos — e não é só questão de gosto, mas de harmonia, contraste e intensidade.

  • Contraste exagerado e sem equilíbrio: quando duas cores muito fortes e saturadas ficam lado a lado (como vermelho vivo com verde limão), o resultado pode ser cansativo de olhar. Elas “brigam” pela atenção em vez de se complementar.
  • Mesma intensidade sem contraste suficiente: duas cores muito parecidas em saturação e luminosidade — tipo azul-escuro com roxo-escuro — acabam se misturando e faltam definição e profundidade.
  • Temperaturas que se chocam: misturar tons quentes e frios sem transição (como amarelo-queimado com azul neon) pode causar estranhamento visual, especialmente se não houver um tom neutro para equilibrar.
  • Saturação incoerente: uma cor pastel com outra super vibrante (rosa bebê com vermelho puro, por exemplo) costuma destoar. 
  • Cores complementares mal dosadas: azul e laranja, vermelho e verde, amarelo e roxo são pares complementares — mas se usadas nas mesmas proporções, o contraste fica forte demais. O segredo é deixar uma dominante e usar a outra só como detalhe.

* Produção: Camila Mendes

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