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O que arquivos de Epstein dizem sobre Elon Musk

Políticos democratas dos Estados Unidos divulgaram novos documentos relacionados ao caso de Jeffrey Epstein

Zero Hora

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MICHEL EULER/AFP
Elon Musk aparece como nome citado em documento.

Novos documentos relacionados ao caso do criminoso sexual Jeffrey Epstein foram divulgados por políticos do Partido Democrata no Congresso dos Estados Unidos. Entre os nomes citados estão o bilionário Elon Musk e o príncipe Andrew, irmão do rei Charles III.

Segundo os registros, entregues ao Comitê de Supervisão da Câmara pelo espólio de Jeffrey Epstein, Musk teria sido convidado para visitar a ilha particular de Epstein em dezembro de 2014. Já o príncipe Andrew aparece em um manifesto de voo de maio de 2000, em uma viagem de Nova Jersey para a Flórida.

Ambos foram procurados para comentar os documentos. Em declarações anteriores, Musk afirmou que recusou o convite para visitar a ilha. O príncipe Andrew sempre negou envolvimento em qualquer irregularidade.

Esta é a terceira leva de arquivos divulgados pelo espólio de Epstein. Democratas no Comitê de Supervisão da Câmara dizem que os registros incluem mensagens telefônicas, cópias de manifestos de voo, documentos financeiros e agendas pessoais.

Além de Musk e Andrew, aparecem nos documentos nomes como o do empresário Peter Thiel e de Steve Bannon, ex-assessor do presidente dos EUA, Donald Trump

Uma frase nos registros datados de 6 de dezembro de 2014 diz: "Lembrete: Elon Musk irá para a ilha em 6 de dezembro (isso ainda vai acontecer?)"

Um dos registros menciona um almoço planejado com Thiel em novembro de 2017. Outro aponta um café da manhã com Bannon em fevereiro de 2019. Também há menção a uma reunião provisória com Bill Gates, fundador da Microsoft, em dezembro de 2014. Em entrevista à BBC em 2022, Gates classificou o encontro com Epstein como um "erro".

Não há indícios de que as pessoas citadas tivessem conhecimento das atividades criminosas atribuídas a Epstein.

Epstein foi condenado em 2008 após um acordo judicial com promotores na Flórida, acusado de molestar uma adolescente. Em 2019, foi preso novamente por tráfico sexual, mas morreu no mesmo ano em uma prisão federal em Nova York.

A deputada Sara Guerrero, porta-voz dos democratas no Comitê de Supervisão, pediu à Procuradoria-Geral dos EUA a divulgação de mais arquivos sobre o caso. Segundo ela, “cada novo documento traz informações importantes para garantir justiça às vítimas”.

Os republicanos criticaram a divulgação parcial dos arquivos e afirmaram que vão tornar público o conjunto completo dos documentos em breve.


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