
Uma em cada quatro pessoas mortas em acidentes de trânsito não usa cinto de segurança. O dado é da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e preocupa, pois são óbitos que poderiam ter sido evitados.
Segundo a PRF, a situação tira o peso positivo da redução no número de acidentes com mortes no primeiro semestre de 2025 nas rodovias federais do Estado.
Entre janeiro e junho deste ano, 142 pessoas perderam a vida nas rodovias federais gaúchas, frente às 174 registradas no mesmo período do ano passado: uma queda de mais de 20%.
— A gente tem um aumento nas causas que a gente considera como mais evitáveis, que seriam o consumo de álcool, as passagens em locais proibidos e também a questão dos óbitos em que as pessoas não estavam usando o cinto de segurança. No banco de trás, é muito mais frequente que as pessoas não utilizem — diz Rafael Pinto Pereira, Chefe do Núcleo de Segurança Viária da PRF.
As rodovias BR-116 e BR-290 concentraram os maiores números de acidentes graves.
Entre os tipos de acidentes mais comuns, estão as colisões frontais e transversais, sendo ambas frequentemente associadas a condutas de risco e a fatalidades.
— A maioria dos acidentes graves acontecem com pista seca, sol e retas — revela Pereira.
No total, o número de acidentes graves caiu de 563 para 542 na comparação com o primeiro semestre de 2024. Já os acidentes com mortes diminuíram de 147 para 119.
Drogas
Se por um lado os indicadores com acidentes apresentam tendência de queda, por outro, o combate ao crime, especialmente ao tráfico de drogas, registrou uma escalada. Mais de 10 toneladas de entorpecentes foram apreendidas pela PRF no RS nos seis primeiros meses do ano. Confira:
- Cocaína: 920 kg (aumento de 35% em relação ao ano passado)
- Crack: 264 kg (quase o triplo dos 89 kg anteriores)
- Skunk: 434 kg (um salto frente aos 48 kg de 2024)
- Ecstasy: 3.525 unidades (contra apenas 58 no primeiro semestre do ano passado)
- Maconha: 8,6 toneladas
De acordo com a PRF, apenas a quantidade de cocaína apreendida seria suficiente para produzir mais de 920 mil porções da droga.