
Os pesquisadores John Clarke, 83 anos, Michel H. Devoret, 72 anos, e John M. Martinis, 67 anos, foram premiados nesta terça-feira (7) com o Prêmio Nobel de Física 2025, concedido pela Academia Real das Ciências da Suécia por suas pesquisas na área de mecânica quântica. Os estudos deles representaram um avanço para a computação quântica.
Os três são pesquisadores de universidades dos Estados Unidos. Clarke é britânico, Devoret é francês e Martinis é americano. O trio foi premiado "pela descoberta do efeito túnel quântico macroscópico e da quantização de energia em um circuito elétrico", observou o júri.
Os laureados foram reconhecidos por experiências realizadas na década de 1980, que demonstraram que uma partícula, em escala quântica, pode atravessar diretamente uma barreira comparável a um muro.
— É maravilhoso celebrar como a mecânica quântica, criada há mais de um século, ainda oferece novas surpresas e continua sendo a base de toda a tecnologia digital — disse Olle Eriksson, presidente do Comitê Nobel de Física.
Entre as tecnologias desenvolvidas por meio das descobertas do trio estão os transistores em microchips de computadores e a evolução dos telefones celulares.
— Nunca imaginei que isso (a pesquisa) seria a base para um Prêmio Nobel — afirmou Clarke em entrevista por telefone durante o anúncio. — Nunca nos passou pela cabeça que esta descoberta teria um impacto tão significativo.
Os laureados recebem um prêmio de 11 milhões de coroas (R$ 6,2 milhões), que será divido igualmente entre os três. A cerimônia de entrega dos prêmios está marcada para 10 de dezembro, como ocorre todos os anos, aniversário da morte do químico sueco Alfred Nobel (1833-1896), criador da premiação.
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