A Justiça do Rio Grande do Sul decretou, nesta terça-feira (4), a prisão preventiva de um empresário de Cachoeira do Sul acusado de perseguir mulheres e adolescentes no município. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que havia recorrido após o indeferimento inicial da medida.
— A atuação do Ministério Público neste caso teve como objetivo principal proteger a integridade física e psicológica das vítimas, especialmente mulheres e adolescentes, que foram reiteradamente abordadas e perseguidas pelo acusado. A conduta demonstrada nos autos revela um padrão de comportamento que ultrapassa os limites da convivência social e representa risco concreto à ordem pública — destacou o promotor de Justiça Átila Castoldi Kochenborger, autor do pedido de prisão.
As investigações apontam que, entre janeiro de 2024 e outubro de 2025, o empresário abordou diversas vítimas em via pública, dirigindo um carro preto em baixa velocidade, proferindo comentários invasivos e tentando contato. Quando rejeitado, passava a persegui-las.
Ao menos nove vítimas foram identificadas, incluindo adolescentes, que relataram abordagens com insinuações sexuais e tentativas de aliciamento. A reincidência das condutas, o número de vítimas e o descumprimento de medidas cautelares anteriores foram decisivos para a concessão da prisão preventiva.
A decisão judicial ressalta ainda que o acusado mantém residência nos Estados Unidos, o que aumenta o risco de fuga e dificulta a aplicação da lei penal. O documento também menciona o "comportamento desajustado e descontrolado" do empresário, destacando o risco de novas investidas contra mulheres.


