
Foi preso, na sexta-feira (24), o nono suspeito de participar da execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, em setembro. A prisão foi efetuada pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) em Jardim Shangrilá, na zona sul da capital paulista.
Segundo a polícia, o homem foi identificado como o proprietário de uma segunda casa em Praia Grande utilizada pelos criminosos durante a elaboração do plano que culminou com a morte de Ferraz.
Ruy Ferraz Franco foi morto no dia 15 de setembro, em Praia Grande, litoral de São Paulo, onde trabalhava. Ele saiu com seu carro do trabalho e foi perseguido pelas ruas da cidade por um outro veículo com homens fortemente armados. Em alta velocidade, o ex-delegado bateu num ônibus e, na sequência, foi executado com tiros de fuzil. Toda a ação foi registrada por câmeras de vigilância.
Delegado por mais de 40 anos, Ruy Ferraz foi responsável pela prisão de diversas lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos anos 2000. Em 2006, foi ele quem indiciou a cúpula do PCC, inclusive Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Linha de investigação
Segundo o Estadão, a polícia investiga um possível elo entre uma licitação de R$ 24 milhões realizada em setembro pela prefeitura de Praia Grande com o assassinato.
Segundo o jornal, essa já era uma hipótese aventada inicialmente pelos investigadores, porque a licitação teria prejudicado uma entidade ligada aos criminosos e colocou Ferraz Fontes, então secretário de Administração da cidade, no alvo. Mesmo assim, a polícia também trabalha com outras hipóteses para explicar o crime.
Até o momento, nove suspeitos de envolvimento no crime foram presos. Uma outra pessoa, que também teria participado da execução do delegado, foi morta em suposto confronto no Paraná.
No início de outubro, o subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande, Sandro Rogério Pardini, e outros quatro funcionários públicos da cidade foram alvos de mandados de busca e apreensão após a morte de Ruy Ferraz Fontes.
Conforme apurado pelo Estadão, eles não estão na condição de suspeitos, mas os materiais coletados com eles podem ajudar na resolução do assassinato. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em ao menos oito endereços da Baixada Santista.



