A Polícia Civil identificou como Adilson Cleoni Fernandes Leites, 44 anos, o homem morto a tiros na segunda-feira (29), próximo a uma escola na zona sul de Porto Alegre.
Ele foi baleado na Avenida Padre Cacique, fugiu a pé, foi alcançado e executado na Avenida Capivari, no bairro Cristal.
— Acreditamos que a motivação seja a disputa do tráfico na região. Ele (o morto) era identificado com uma facção oposta à que domina a região onde ocorreu a morte. É reincidente, inclusive por tráfico de drogas — disse o delegado Gabriel Borges, que investiga o caso.
A polícia quer esclarecer se o homem vendia drogas na região no momento do crime. Outro ponto a ser elucidado é a autoria: as informações apuradas até agora indicam um executor do homicídio, mas há a possibilidade de colaboração de mais suspeitos, conforme o delegado.
A investigação também aguarda o laudo pericial para confirmar a quantidade de tiros que resultaram no homicídio. Ninguém havia sido preso até esta terça-feira de manhã.
Atividades retomadas
A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Loureiro da Silva suspendeu as aulas após o crime. A vítima do homicídio morreu em frente à escola, localizada na Avenida Capivari.
Nesta terça-feira (30), as atividades foram retomadas no início da manhã. Sandro Cordeiro da Silva, 44 anos, aguardava a abertura da escola, antes das 8h, para deixar a filha, de oito, na instituição.
— As crianças ficaram bem protegidas dentro da escola. Houve cuidado em não deixá-las na frente, para observarem a perícia, a polícia, a movimentação. Desde que ela estuda aqui, não tinha acontecido nada parecido. Foi algo pontual — comentou.
Já Fernando Medeiros, 46 anos, agradeceu a presença da Brigada Militar e Guarda Civil Metropolitana, que estava na entrada da escola quando os alunos chegavam.
— É bom que os policiais estejam aqui, porque tenho medo de que invadam a escola ou alguém em fuga entre para se abrigar. Gostamos da escola e entendemos que tem que ser um local seguro. Tirar minha filha daqui seria ceder espaço para violência — disse o taxista.
O que diz a Secretaria de Educação
Sobre o fato, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre enviou a seguinte nota à reportagem na segunda-feira:
"Em relação ao ocorrido, a Secretaria Municipal de Educação informa que foi comunicada pela direção da Escola Municipal de Ensino Fundamental Loureiro da Silva, e imediatamente prestou suporte através da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar.
A pasta buscou apoio junto às equipes da Secretaria Municipal de Segurança, que deslocaram-se para o local, e através da Guarda Civil Metropolitana prestou apoio para os funcionários da escola, ao deixarem o prédio. A ocorrência em si está sendo atendida pela Brigada Militar. As aulas na unidade estavam suspensas ontem, mas no dia de hoje foram normalizadas."
A Unidade de Saúde Cruzeiro do Sul, também no bairro Cristal, está com o atendimento normal nesta terça-feira. Após o homicídio, o local foi fechado para preservar a segurança de pacientes e funcionários, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre.



