
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, que confessou ter matado o gari Laudemir Fernandes a tiros em 11 de agosto, tornou-se réu por homicídio triplamente qualificado. A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi aceita nesta segunda-feira (18) pela Justiça mineira.
Ele também responderá por ameaça, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.
Fernandes foi morto a tiros no dia 11 de agosto. O MPMG acusa o empresário de atirar contra o gari após se irritar em razão do caminhão de lixo obstruir a passagem do seu veículo em uma rua em Belo Horizonte.
Juíza do 1º Tribunal do Júri da Comarca de Belo Horizonte, Ana Carolina Rauen Lopes de Souza também manteve a prisão preventiva do empresário. Ela argumenta que há "risco à ordem pública" caso Júnior seja solto. Ele está preso desde o dia do crime.
A denúncia apresenta três qualificatórias para crime de homicídio:
- Motivo fútil
- Meio que impossibilitou a defesa da vítima
- Perigo comum, por ter atirado em via pública, residencial e em horário de intenso movimento.
O empresário também vai responder por ter ameaçado a motorista do caminhão de lixo antes de atirar contra o gari. Para o crime de fraude processual, o MPMG argumenta que Júnior tentou enganar a polícia ao pedir que sua esposa, delegada de Polícia Civil, entregasse outra arma, diferente da utilizada no crime, aos policiais.
"Mesmo com a indicação dos trabalhadores da coleta de lixo de que era possível seguir o trajeto e passar com o carro pelo local, o denunciado, exaltado, apontou a arma em direção à motorista do caminhão de limpeza urbana e a ameaçou", diz a denúncia.


