— A minha vida está se repetindo em ti.
Na periferia de Pelotas, no sul do Estado, numa sina de violências, Elizangela Cavalheiro Malaguez, 52 anos, via com desespero sua história se reproduzir na da filha Laís Malaguez Meyer, 32. Queria ela que o desfecho tivesse sido o mesmo. Não foi assim.
Elizangela viveu 14 anos em um relacionamento abusivo, do qual se libertou. Laís passou o mesmo tempo presa a um casamento violento. Ao contrário da mãe, não conseguiu romper o ciclo. Ao meio-dia de 21 abril, na calçada em frente à empresa onde trabalhava, foi morta com seis tiros. O marido dela, Tiago Vieira Medeiros, 36, pai de suas duas filhas, foi preso pelo crime.
A filha de Elizangela se tornou uma das 31 vítimas de feminicídio no RS entre janeiro e maio deste ano — 26 delas não tinham medida protetiva e a maior parte nunca teve registro policial contra o agressor, mesmo vivendo relacionamentos violentos.
Zero Hora ouviu familiares e amigos de 20 dessas mulheres que morreram sem pedir socorro — os demais não deram retorno ou preferiram não se manifestar — para compreender o contexto de cada caso.
Relativização da violência, medo, culpa, dependência emocional, descrença de que poderia ser ajudada e esperança de que o agressor pudesse mudar foram os fatores mais apontados. Esses aspectos, que levaram ao silenciamento dessas mulheres, fazem parte do ciclo da violência doméstica.
Das 26 vítimas sem medida protetiva, ao menos 15 já haviam sido ameaçadas, seis relataram medo por elas ou pelos filhos e sete tinham recebido ameaças de morte. Nove haviam sido agredidas fisicamente e uma levado uma facada. Pelo menos oito relataram ter vergonha da violência que sofriam.
— E eu até hoje não consigo acreditar que ele fez isso. E é esse não acreditar que meu marido vai me matar, que vai atirar em mim, que o homem que eu amo, que me beijou na noite anterior, que disse que me amava, que é doido por mim, que é pai dos meus filhos, é esse não acreditar que ele vai tirar a minha vida. Mas ele vai. Foi o que ele fez com ela — reflete Elizangela.
A paixão fulminante, que se iniciou aos 17 anos de Laís, logo se transformou em um relacionamento marcado por ciúme, brigas, chantagens e humilhações, que evoluíram às agressões físicas. O casal teve idas e vindas — uma característica comum no ciclo da violência.
Em uma das idas, a jovem confidenciou: “Não aguento mais, o Tiago me bate todos os dias”. Mãe de quatro filhos — o primogênito morto em acidente de trânsito há sete anos –, Elizangela suplicou à filha que rompesse. A separação daquela vez, assim como em outras que se repetiriam, não durou. “Eu amo ele”, justificava Laís.
Ela sempre dizia: 'Mãe, não quero terminar, quero que ele mude'. Mesmo ao longo de anos de tanto sofrimento, ela arrastou essa ilusão até o último dia de vida dela. Em nome desse amor. Isso não é amor.
ELIZANGELA CAVALHEIRO MALAGUEZ
Mãe de Laís Malaguez Meyer, morta aos 32 anos
Laís foi uma das 10 mulheres assassinadas em um período de cinco dias, em meio ao feriadão de abril deste ano no Estado. Um dia antes do crime, no domingo de Páscoa, assou carne e preparou salada no casebre de madeira que ocupava com o marido e as filhas nos fundos da moradia da mãe. A poucos passos dali, ficava a outra casa, que Laís construía havia um ano.

Sentada no sofá da sala que começava a ser mobiliada, Elizangela observava a filha andar orgulhosa entre os cômodos. O banheiro amplo era uma necessidade do marido de Laís, que se locomovia com uso de andador.
"Viu, mãe, está ficando lindo, meu sonho", dizia a filha, que trabalhava em uma empresa de impermeabilização, em serviço pesado, para conquistar a moradia. Das 26 vítimas, ao menos 20 delas, ou 77%, não dependiam financeiramente do agressor — somente três tinham essa dependência e de três a reportagem não conseguiu confirmar a situação.
Um dia após o domingo de Páscoa, na manhã de 21 de abril, Laís saiu para trabalhar. Ao meio-dia, ela e o marido discutiram ao telefone, por ciúme. Tiago embarcou em seu veículo adaptado e dirigiu oito quilômetros até o bairro Liberdade. Laís saiu em frente à empresa e sentou-se na calçada. Foi atingida por cinco de seis disparos.
— Fico imaginando: o homem que ela amou, que ela jamais pensou que ia fazer aquilo. Imagino ela olhar para ele atirando nela. O que passou na cabeça dela? Isso fica me remoendo. Sofri um relacionamento abusivo, mas me reergui por causa delas (das filhas). Do que adiantou salvar a minha vida e não ter conseguido salvar a dela? — desabafa Elizangela, enquanto vaga pela casa e revira as caixas com o fogão, os armários e utensílios da cozinha, que sequer foram desembrulhados, como se pudesse assim alcançar Laís.

Órfãos
Os feminicídios deixaram ao menos 52 órfãos neste ano no Estado. Laís era mãe de duas meninas, de 14 e nove anos. Ambas vivem com Elizangela e passam por tratamento psicológico. No quarto, um cartaz com cinco fotos dela e das filhas está fixado na parede com a frase “Te amamos eternamente, mãe”, escrita pela mais velha.
— A mãe sai de manhã, beija seus filhos, e diz “tchau minha filha, a mãe vai trabalhar”. Chega meio-dia, a filha vê uma foto na internet e descobre que a mãe foi morta porque reconheceu o tênis da mãe. Foi assim que minha neta de 14 anos descobriu. Quando ela olhou disse “é minha mãe”, e desmaiou.
A seguir, veja outros relatos, igualmente devastadores, que ilustram o contexto de relações abusivas que escalaram em violência e acabaram em tragédia.
Relativização da violência
Uma semana antes da morte de Erica Garcês de Oliveira, 31 anos, a irmã dela, Aline Garcês de Oliveira, 33, confidenciou o medo a um familiar:
— Ele vai matar a Erica.
Baiana que se mudou para o RS para trabalhar, Erica vivia com o marido, Idelmário Santana, 30, e os quatro filhos pequenos em Bento Gonçalves, na Serra. Ela não conseguia enxergar o risco do relacionamento da mesma forma que a irmã, que morava na casa ao lado.
Um dos pontos mais relatados pelas 27 pessoas ouvidas pela reportagem para que as vítimas não conseguissem denunciar seus agressores foi o fato de não verem o comportamento deles como violento ou não acharem que seriam capazes de matá-las. Ou seja, a relativização da violência.
Era uma relação muito abusiva. Ela não podia sair, não podia vestir certas roupas, tudo ele controlava. Que amor é esse? Avisei: 'Está passando do limite, tem que dar um fim'. Ela dizia: 'A gente está bem'. Ela nunca denunciou. A gente até poderia, mas ela poderia tirar ele da cadeia.
ALINE GARCÊS DE OLIVEIRA
Irmã de Erica Garcês de Oliveira, morta aos 31 anos
O relacionamento durou cerca de seis anos, entre rompimentos e retornos. Em um dos episódios, o marido teria usado uma arma de fogo para ameaçar a companheira. Da ameaça, a violência escalou para feminicídio. Erica foi morta a tiros quando voltava do trabalho em 29 de março.
Após a perda, Aline retornou para a Bahia com os sobrinhos. Dos quatro filhos de Erica, dois são de Idelmário.
Risco subestimado
Em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, Taila Monteiro Fan, 32 anos, também deixou cinco órfãos, após um relacionamento de três meses. Em fevereiro, foi atacada a golpes de faca no pátio de casa. O namorado João Darci Marques, 21, foi preso.
Ele tinha muito ciúme. Batia nela. Brigavam. Falava para outras pessoas que ia matar. Mas todo mundo pensava que não era capaz de fazer isso. Ele bateu nela naquela noite. Deu um soco no nariz, e os vizinhos apartaram. Ninguém chamou a polícia, ninguém se envolveu.
NAIANE MONTEIRO FAN
Irmã de Taila Monteiro Fan, morta aos 32 anos
Vergonha e culpa
Sempre que conseguia, Márcio José Giacometti, 47 anos, conferia as conversas no celular da esposa sem que ela percebesse. Em 17 de janeiro, o corpo de Daniela da Silva dos Santos, 31, foi encontrado no apartamento dela, em Carazinho, no norte do RS. A vítima, assim como a maioria das mulheres, foi morta a facadas.
— Ela nunca acreditou que ele ia fazer isso. Criei ela sem dar um tapa. Era educada, companheira, amiga — diz a mãe, Maria Odete da Silva e Silva, 71.
Márcio foi o primeiro e único namorado de Daniela, com quem teve um filho, hoje com 12 anos. Daniela sustentava a casa, com dois empregos, como babá e diarista. Tinha decidido vender o apartamento onde residia, o que faz a família pensar que planejava se separar e que ele não aceitava o término — o rompimento da relação é um dos momentos de maior risco às vítimas. Após o crime, a família soube que o relacionamento era conturbado.
— Ninguém dizia que eles brigavam. A Dani não demonstrava. Ela guardava e ia para frente — descreve a amiga Caroline Chioffi, 37.
Vizinha da família, Vera Lúcia Gomes, 60, também sofreu violência doméstica e atuou no Movimento Feminino Comunitário de Carazinho. Ao perceber que as mulheres tinham vergonha de ingressar no local, fixou uma placa de artesanato na frente.
— Elas começaram a entrar, perguntando do artesanato. Uma coisa simples, mas muitas mulheres se salvaram assim. Só posso dizer para as mulheres: não tenham vergonha. Não é a gente que tem que ter vergonha.
Contem para os pais, vizinhos, amigas, peçam ajuda. Para não acontecer o que aconteceu com a minha filha.
MARIA ODETE DA SILVA E SILVA
Mãe de Daniela da Silva dos Santos, morta aos 31 anos
Dependência emocional
— Homem nenhum tem que mandar em ti.
Mesmo mais nova do que Cintia Mara, 21 anos, Kauane Rodrigues Seixas, 20, aconselhou a irmã, em Marau, no noroeste do Estado, após saber que o namorado, de 23 anos, a estava impedindo de usar short e fazer coisas de que gostava.
— Era muito ciumento. Ele começou a proibir ela de beber. Eu orientava, dizia para ela não aceitar — diz a jovem.
O controle evoluiu rapidamente para as agressões físicas. Cintia apareceu em casa com um machucado na boca e alegou ter caído. A irmã não acreditou. Durante uma briga, em outro dia, Cintia se irritou e acusou o namorado de a ter agredido com um soco na boca.
Eles brigavam, ela chorava. Não queria comer. Estava muito envolvida emocionalmente.
KAUANE RODRIGUES SEIXAS
Irmã de Cintia Mara, morta aos 21 anos
Com cerca de dois meses de relacionamento, Cintia decidiu morar com o namorado. Desapareceu no mesmo dia em que se mudou para viver com ele, em março. Quatro dias depois, o corpo dela foi encontrado em uma área de mato, com ferimentos na cabeça. O namorado — que não teve o nome informado pela polícia — foi preso. Marcas de sangue foram encontradas pela perícia na casa dele.
— Foi uma coisa que a gente não esperava. Eu mesmo era bem grudada com ela. Minha irmã de 14 anos ficou com depressão. Meu pai chega do serviço e fica quieto, começa a chorar, pensando nela. Traumatizou a família toda — descreve Kauane.
Medo
Com quatro meses de relacionamento, Ângela Stratmann, 35 anos, chegou em casa, em Iraí, no Norte, com marcas de agressões. Quando questionada pela mãe, Nerci Brum, 58, a filha desconversava. Em dezembro de 2023, a agricultora foi hospitalizada, após uma facada. Em casa, negou que ele fosse o autor.
— Ele sempre foi violento. Ela aparecia toda roxa, machucada. A gente perguntava, ela mentia. Depois me contou que tinha sido uma facada que ele deu nela — descreve a mãe.
Ele terminou com o psicológico daquela menina. Ela era muito ameaçada, muito. Tinha muito medo dele. Acho que não amava mais, era medo mesmo.
NERCI BRUM
Mãe de Ângela Stratmann, morta aos 35 anos
Indagada sobre o motivo de a família não ter buscado ajuda, Nerci diz que era um pedido da filha e que, mesmo quando médicos acionavam a polícia, Ângela negava as agressões:
— Ela não deixava a gente denunciar.
Há cerca de um ano, a filha passou a morar com ele em Frederico Westphalen. Foi quando a situação se agravou. Mãe de dois filhos gêmeos, Ângela foi encontrada morta, na varanda de casa, em janeiro, com sinais de tortura.
— Ela sempre dizia “estou bem, graças a Deus”. Era uma pessoa muito carinhosa. A gente fica tão triste. A mulher que está sendo massacrada tem que denunciar. A família tem que ajudar — desabafa Nerci.
Descrença de que poderia ser ajudada
No último almoço com a filha Duanne Radhaye Pimentel Lungues, 20 anos, em Santa Rosa, no Noroeste, a técnica de enfermagem Franciele Dadiane Mazurkevicz Gomes, 36, relatou que o ex-namorado lhe ameaçava por telefone. Após cerca de quatro meses de relação, ela havia decidido terminar, mas ele não aceitava.
— Naquele almoço, ela me falou que não acreditava nas ameaças — diz a filha.
O relacionamento havia se encerrado porque o namorado era ciumento e controlador. Franciele disse à Duanne que não o amava mais e que estava depressiva. Um dia após o almoço com a filha, Franciele estava em seu apartamento quando o ex apareceu. A caçula, de 10 anos, brincava no pátio do residencial com outras crianças. Foi quando os vizinhos ouviram os gritos por socorro:
— Minha irmã me pergunta por que ele fez isso. Não sei responder.
Após a perda da mãe, Duanne também não acredita que possa ser protegida pelo Estado. Quando matou Franciele, o ex estava foragido.
Se ele quiser te matar, o boletim de ocorrência ou a medida protetiva não vai te proteger. Ouvi de uma policial que minha mãe pediu para morrer. Ninguém pede para tomar uma facada no pescoço. Meu avô é policial. É muito triste falar isso. Mas é o que penso.
DUANNE RADHAYE PIMENTEL LUNGUES
Filha de Franciele Dadiane Mazurkevicz Gomes, morta aos 36
Elas precisam falar para terem chance de viver
Em 2024, o Rio Grande do Sul emitiu 202 mil medidas protetivas, de acordo com dados da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do RS. Neste mesmo período, das 72 vítimas de feminicídio no Estado, nove tinham medida protetiva. Ou seja, as outras 63 não contavam com a medida e 45 não tinham qualquer registro policial contra o autor.
A maioria das mulheres, infelizmente, tem morrido calada. Isso é quase 90% dos casos. Então, estimular a denúncia, não só pela própria vítima, mas por toda a sua rede primária de apoio, vizinhos, amigos, é fundamental para que ela possa, o quanto antes, ter acesso a todas as medidas de proteção e a todos os encaminhamentos previstos na Lei Maria da Penha.
TATIANA BASTOS
Diretora do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis
Contrapontos
Caso de Laís Malaguez Meyer
O processo está em fase de instrução, com a realização de audiências para ouvir testemunhas e realizar interrogatório. As advogadas Aline de Ornel e Francisca Cavalheiro Legório, responsáveis pela defesa de Tiago Vieira Medeiros, assinam nota na qual afirmam que "com o devido respeito à dor dos familiares da vítima e à relevância do debate proposto pela reportagem, reserva-se o direito de manifestar-se exclusivamente nos autos, por se tratar de processo ainda em curso, com diligências em andamento e sem julgamento definitivo" (leia a íntegra abaixo).
Caso de Taila Monteiro Fan
O processo, segundo o Judiciário, encontra-se no prazo para apresentação dos memoriais. Logo após, seguirá para julgamento do magistrado. A Defensoria Pública, responsável pela defesa de João Darci Marques da Luz, irá se manifestar somente nos autos.
Caso de Erica Garcês de Oliveira:
O Tribunal de Justiça informou que o processo aguarda remessa do relatório do conteúdo de um telefone celular apreendido pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) e que, após o recebimento desse material e da intimação das partes, será designada audiência de instrução e interrogatório.
A Defensoria Pública, que é responsável pela defesa de Idelmário Merces Santana, afirmou que irá se manifestar nos autos do processo.
Caso de Daniela da Silva dos Santos
O processo também está em fase de instrução, com a realização de audiências. A Defensoria Pública, que é responsável pela defesa de Marcio José Giacometti, afirmou que irá se manifestar nos autos do processo.
Leia a íntegra da nota da defesa de Tiago Vieira Medeiros:
"NOTA À IMPRENSA
A defesa do acusado, com o devido respeito à dor dos familiares da vítima e à relevância do debate proposto pela reportagem, reserva-se o direito de manifestar-se exclusivamente nos autos, por se tratar de processo ainda em curso, com diligências em andamento e sem julgamento definitivo. É fundamental lembrar que o Estado Democrático de Direito assegura a toda e qualquer pessoa — independentemente da gravidade da imputação — o direito à presunção de inocência, ao contraditório e à plenitude de defesa, garantias constitucionais que não podem ser relativizadas mesmo diante de tragédias irreparáveis. A formação de narrativas unilaterais, antes do pronunciamento da Justiça, compromete não apenas o equilíbrio processual, mas também fomenta um clima social de pré-julgamento e linchamento simbólico, tão incompatível com os valores fundamentais que nos sustentam como sociedade. A defesa também entende a importância de promover a conscientização e o enfrentamento à violência contra a mulher. No entanto, alerta para o risco de que casos específicos — ainda sub judice — sejam instrumentalizados como elementos de mobilização social, sem que se tenha assegurado, de forma plena, a responsabilização com base em provas produzidas sob o crivo do Judiciário. Reafirmamos, por fim, o compromisso ético com a legalidade, a justiça e a dignidade da pessoa humana, destacando a necessidade de que todos os envolvidos em situações de tamanha complexidade e dor sejam tratados com responsabilidade, equilíbrio e humanidade."
Como pedir ajuda
Brigada Militar – 190
- Se a violência estiver acontecendo, a vítima ou qualquer outra pessoa deve ligar imediatamente para o 190. O atendimento é 24 horas em todo o Estado.
Polícia Civil
- Se a violência já aconteceu, a vítima deverá ir, preferencialmente à Delegacia da Mulher, onde houver, ou a qualquer Delegacia de Polícia para fazer o boletim de ocorrência e solicitar as medidas protetivas.
- Em Porto Alegre, a Delegacia da Mulher na Rua Professor Freitas e Castro, junto ao Palácio da Polícia, no bairro Azenha. Os telefones são (51) 3288-2173 ou 3288-2327 ou 3288-2172 ou 197 (emergências).
- As ocorrências também podem ser registradas em outras delegacias. Há DPs especializadas no Estado. Confira a lista neste link.
Delegacia Online
- É possível registrar o fato pela Delegacia Online, sem ter que ir até a delegacia, o que também facilita a solicitação de medidas protetivas de urgência.
Central de Atendimento à Mulher 24 Horas – Disque 180
- Recebe denúncias ou relatos de violência contra a mulher, reclamações sobre os serviços de rede, orienta sobre direitos e acerca dos locais onde a vítima pode receber atendimento. A denúncia será investigada e a vítima receberá atendimento necessário, inclusive medidas protetivas, se for o caso. A denúncia pode ser anônima. A Central funciona diariamente, 24 horas, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil.
Defensoria Pública – Disque 0800-644-5556
- Para orientação quanto aos seus direitos e deveres, a vítima poderá procurar a Defensoria Pública, na sua cidade ou, se for o caso, consultar advogado(a).
Centros de Referência de Atendimento à Mulher
- Espaços de acolhimento/atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência.
Ministério Público do Rio Grande do Sul
- O Ministério Público do Rio Grande do Sul atende o cidadão em qualquer uma de suas Promotorias de Justiça pelo Interior, com telefones que podem ser encontrados no site da instituição.
- Neste espaço é possível acessar o atendimento virtual, fazer denúncias e outros tantos procedimentos de atendimento à vítima. Para mais informações clique neste link