O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul aceitou, na sexta-feira (10), a denúncia do Ministério Público contra um homem de 23 anos acusado de ter causado uma colisão, em 29 de outubro, no km 42 da RS-239, em Parobé, no Vale do Paranhana.
Ele vai responder por cinco tentativas de homicídio qualificado, porte de arma de fogo de uso restrito, receptação e desobediência. A identidade do condutor, que era foragido da Justiça, segue sob sigilo.
O réu era procurado pela Polícia Civil e já tinha contra si um mandado de prisão, expedido pelo crime de roubo majorado. No momento do acidente, ele fugia de uma perseguição após notar a aproximação de policiais em uma operação para detê-lo. O motorista estava sozinho em um Chevrolet Onix roubado quando se chocou frontalmente contra um Renault Clio.
As cinco pessoas do veículo ficaram feridas, incluindo Joaquim Gonçalves da Silva, de dois anos, internado no Hospital São Francisco de Assis, de Parobé, em estado grave. A criança precisou ser transferida para o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde foram constatadas lesões na coluna e na medula espinhal, comprometendo os movimentos dos braços e pernas.
Segundo a família, a criança não corre risco de morte, mas segue em tratamento na Capital. Joaquim depende de ventilação mecânica para respirar. De acordo com a mãe, Camila Gonçalves, médicos apontaram que o quadro do menino, referente à mobilidade dos membros, é irreversível.
Para a recuperação, Camila explica que o filho precisará utilizar dois marca-passos. A família vai requisitar que judicialmente que o Estado cubra o valor do procedimento, estimado em cerca de R$ 500 mil para cada aparelho.
Os familiares do menino também passaram a divulgar um canal de doações para ajudar nos gastos com o tratamento e com o deslocamento entre Novo Hamburgo, cidade em que a família mora, e Porto Alegre.
Produção: Gabriel Dias