
A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (19) as identificações dos dois suspeitos de envolvimento na morte de Carol Majewski, 57 anos. O jornalista foi encontrado morto na noite da última segunda-feira em seu apartamento no Centro de Porto Alegre. Segundo a investigação, um dos suspeitos do latrocínio (roubo com morte) teria tentado roubar um celular da vítima. Os dois suspeitos são moradores de rua.
Segundo o delegado Fernando Soares, Gabriel da Silva Ribas, 19 anos, foi preso na quinta-feira, no bairro Menino Deus, e confessou participação na morte. Ele disse, no entanto, que o autor das facadas seria Lucas Eduardo da Silva Vaz, 21 anos, que teve a prisão decretada e é considerado foragido. O rapaz, que segundo o depoimento do preso, desferiu os golpes no pescoço do jornalista, teria tentado lhe roubar um celular. Outros itens do apartamento foram levados após a morte.
Segundo o depoimento de Gabriel, enquanto o jornalista permanecia no quarto Lucas teria ido até a cozinha e em seguida pego um celular da vítima. Ao retornar para o quarto com o celular no bolso, o aparelho teria tocado. Nesse momento, o jornalista teria percebido que o aparelho estava com Lucas.
— A vítima percebe que o celular está no bolso do Lucas e tenta tirar. Nesse instante o Lucas retira uma faca de cozinha, que pegou também na cozinha, segundo o Gabriel, uma faca de serrinha, e dá a primeira estocada no pescoço da vítima — explicou o delegado da 1ª Delegacia da Polícia Civil, durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira.
O crime ocorreu na noite de domingo, um dia antes do corpo ser localizado. O jornalista e os dois suspeitos foram flagrados por imagens de câmeras de segurança do prédio no momento em que seguiam para o apartamento. Segundo Soares, os indícios levam a polícia a acreditar que um dos objetivos da ida até o local seria assaltar Majewski.
— Todos os indícios é que foi premeditado por no minimo um deles. Nós ainda estamos trabalhando pra ver se os dois compactuaram antes de chegar no local — afirmou.
Ainda conforme Soares, a polícia chegou a identificação de um dos suspeitos por meio de informações repassadas por pessoas da comunidade, que reconheceram o rapaz no vídeo. Os policiais também conseguiram obter informações no celular da vítima, por meio de perícias técnicas no local e em redes sociais.