A reunião ocorrida nesta quinta-feira entre o Sindicato da Hotelaria e Gastronomia (Sindpoa) e a Prefeitura de Porto Alegre seria para comunicar os empresários da decisão de fechar as casas noturnas do Centro Histórico às 4h. Não foi o que aconteceu. Mesmo tendo sido aprovada em audiência pública de moradores e empresários na semana passada, a proposta que visa reduzir os índices de criminalidade da região foi contestada pelos comerciantes. O presidente do Sindpoa, José Jesus Santos, diz que para combater a violência é necessário identificar os responsáveis, não impedir o trabalho do comércio:
- É um retrocesso. Não é preciso apagar todo mundo para conseguir controlar o resto. É preciso ter um cuidado com isso; senão, logo mais, estaremos fechando às 3h, 01h, 00h e fechando tudo. Tem que identificar, trocar ideias e ver o que precisa melhorar - avalia.
Segundo a Brigada Militar, entre 1º de janeiro de 2012 e 30 de junho deste ano, houve 12 tentativas de homicídio e, dentre elas, dois assassinatos nas imediações ou dentro das casas noturnas do Centro de Porto Alegre. O comandante do 9º BPM da Capital, major André Luis Córdova, afirma que a proposta também pretende reduzir o número de assaltos a trabalhadores que chegam ao Centro pela manhã:
- Ao fechar mais cedo, além de diminuir as tentativas de homicídio porque as pessoas vão beber menos e conflitar menos, o grosso da população que vem ao Centro nos primeiros ônibus vai deixar de sofrer a série de assaltos que têm sido relatados. As empresas de ônibus também irão diminuir os danos e assaltos aos veículos - destaca.
A próxima audiência pública para debater o tema será agendada pelo Sindpoa; no entanto, ainda não há uma data definida.
Gaúcha
Comerciantes contestam e Prefeitura reavalia fechamento mais cedo de casas noturnas do Centro
Na semana passada, audiência pública entre moradores e empresários aprovou a proposta
Cristiano Goulart
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