A parcela da população brasileira acima de 18 anos que fuma caiu 20% nos últimos seis anos, de acordo com a pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2012, do Ministério da Saúde.
Já em Porto Alegre, o número de fumantes reduziu 10%, passando de 20%, em 2006, para 18%, em 2012. A pesquisa revelou, ainda, que as mulheres estão fumando mais.
Em 2006, o índice era de 17% e passou para 19%, no ano passado. Já entre os homens, esse dado era de 23%, em 2006, e reduziu para 17%, em 2012. O levantamento revela ainda que, na capital do Rio Grande do Sul, a frequência de fumantes passivos no domicílio é de 14%, sendo 16% em homens e 13% em mulheres.
Além disso, a frequência entre pessoas que fumam 20 ou mais cigarros por dia em Porto Alegre é de 7% (a maior do país), sendo 8% homens e 6% mulheres. Porto Alegre também é a capital com maior concentração de adultos fumantes, com 18%. Já a capital com o menor índice é Salvador (BA), onde 6% da população adulta diz fumar cigarros.
- A queda do número de fumantes no país comprova que o Ministério da Saúde, em parceria com a sociedade, está no caminho certo ao investir em ações de prevenção e controle e também na oferta de tratamento para os fumantes. Estamos investindo cada vez mais na formulação de políticas públicas que promovam, continuamente, a melhoria da qualidade de vida da população brasileira - completa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Enfrentamento
O Ministério da Saúde oferece o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) criado em 1996 no Sistema Único de Saúde (SUS), que oferta o tratamento contra o fumo no país.
Em abril deste ano, o governo anunciou a ampliação do atendimento oferecido pelo programa. O controle do tabaco é uma importante medida de prevenção das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DNCT).
O tabagismo - assim como a alimentação não saudável, a inatividade física e o uso abusivo de álcool - está entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de infarto agudo do miocárdio, AVC e câncer.
Esse ano, a adesão ao programa para as equipes de Atenção Básica - feita pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) - contou com 24.515 equipes inscritas, em 4.371 municípios brasileiros. A meta é reduzir de 15% para 9% a proporção de fumantes na população adulta até 2022.
O Ministério da Saúde investe ainda na ampliação da assistência às pessoas que querem parar de fumar, oferecendo desde o acompanhamento do paciente por profissionais de saúde até medicamentos, como adesivos, pastilhas, gomas de mascar e o antidepressivo bupropiona.
Combate ao tabagismo
Outra iniciativa prevista é a capacitação de profissionais em cada unidade, que atenderão quem quer largar o tabaco. A capacitação não abordará somente o tratamento medicamentoso. Incluirá também abordagem comportamental qualificada para incentivar o fumante a prosseguir com o tratamento até o final.
O Ministério da Saúde também investe em ações educativas. O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento de Doenças Crônicas não transmissíveis prevê o fortalecimento do Programa Saúde na Escola, voltado para prevenção e redução do uso do álcool e tabaco entre crianças e adolescentes.
A pesquisa
O Vigitel tem objetivo de medir a prevalência de fatores de risco e proteção para doenças não transmissíveis na população brasileira e subsidiar ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças.
O levantamento monitorou 45,4 mil adultos residentes em domicílios com telefone fixo em todas as capitais do país. Uma novidade nesta edição do Vigitel é a atualização dos dados da população de referência levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dia Nacional de Combate ao Fumo
População de fumantes cai 10% em Porto Alegre
Pesquisa revelou, entretanto, que as mulheres estão fumando mais, enquanto os homens menos
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