Termina nesta sexta-feira (6) o prazo estipulado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), para que nove sites suspendam as vendas de 48 marcas de whey protein com suspeita de adulteração.
Em agosto de 2022, a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) enviou um estudo apontando alterações nutricionais nos suplementos alimentares que não apresentaram a quantidade de proteína informada nos rótulos.
O whey protein é a proteína de alta qualidade, extraída do soro de leite da vaca durante o processo de produção do queijo. O leite de vaca é composto por carboidrato, gordura e proteína.
Em entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, Marcelo Bella, presidente da Abenutri, fez um alerta:
— Os riscos podem ser os mais variados, desde alergias leves, constipações em desconfortos intestinais até riscos de morte — destacou.
Ele ainda sugeriu que os consumidores desconfiem e busquem informações.
— Antes de comprar o produto, verifique a reputação das empresas fabricantes — afirmou.
Questionados, o grupo Supley, uma das empresas citadas, afirmou que seus produtos são rotineiramente avaliados pela empresa e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Os produtos do Grupo Supley são rotineiramente avaliados pela empresa e pela Anvisa, esta, sim, responsável por este tipo de análise e fiscalização. A Justiça também entende que os produtos do Grupo Supley estão em conformidade no que diz respeito à rotulagem, ingredientes e quantidades especificadas em seus produtos", diz um trecho da nota a qual a Rede Globo obteve acesso.
Já a Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri) informou que a proibição anunciada pela Senacon, órgão que pertence ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, não tem fundamento.
"A Secretaria leva em consideração um laudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) em 2022, de produtos que nem sequer são comercializados atualmente".