O governo do Estado de São Paulo já se organiza para oferecer um novo ciclo de imunização contra o coronavírus a partir do ano que vem. De acordo com o governador João Doria, a revacinação começa em 17 de janeiro de 2022, quando se completa um ano do início da campanha no Brasil.
Em entrevista nesta sexta-feira (23) à Rádio Gaúcha, Doria disse que a farmacêutica chinesa Sinovac, responsável pela CoronaVac, produzida no país pelo Instituto Butantan, já decidiu que novas doses da vacina deverão ser administradas passados 12 meses da primeira aplicação. Não se sabe, no entanto, se será aplicada uma terceira dose ou se o esquema vacinal precisará ser refeito a cada ano.
— No caso da CoronaVac, a orientação é que, a cada 12 meses, as pessoas vacinadas possam ser revacinadas. Já há, sim, consenso entre infectologistas e imunologistas que teremos que ter novo ciclo da vacina em 2022. O que não há consenso é sobre o prazo entre o período da vacina tomada em 2021 e a tomada em 2022. Alguns laboratórios, como AstraZeneca e Pfizer, ainda não se manifestaram sobre o prazo, o período entre a vacina tomada neste ano e a tomada no ano que vem. A Sinovac, pelo contrário, já definiu que as pessoas terão que tomar novas doses da vacina — disse Doria na entrevista.
A assessoria de imprensa do governador reforçou, por telefone, que a revacinação confirmada para o ano que vem em São Paulo consistirá, inicialmente, em apenas uma terceira dose aplicada em quem tomou CoronaVac neste ano. Caberá ao governo federal decidir se haverá uma campanha anual de imunização contra a covid-19, em que outras vacinas serão utilizadas.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que ainda não há um plano para revacinar a população no ano que vem, isso porque faltam evidências da necessidade de doses extras contra a covid-19. Também frisou que a recomendação é que estados e municípios sigam o que é definido pela Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis e pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).