O Ministério da Saúde realiza uma reunião técnica, a partir das 14h desta terça-feira (1º), para tratar sobre o plano nacional de vacinação contra a covid-19. No encontro, de acordo com o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, serão apresentados estudos que vão servir de base para o plano de imunização.
Durante entrevista coletiva em Brasília, Medeiros falou sobre o perfil da vacina desejado pelo Ministério da Saúde, além da segurança e proteção contra a doença.
— Que a vacina capaz de fazer uma indução da memória imunológica, que tenha a possibilidade de uso em diversas faixas etárias e em grupos populacionais. Idealmente que ela seja feita em dose única, embora isso muitas vezes não seja possível, mas que ela seja fundamentalmente termoestável por longos períodos em temperatura de 2ºC a 8ºC, porque a nossa rede de frios, dessas 38 mil salas, ela é estabelecida com uma rede de frios de aproximadamente 2ºC a 8ºC.
Medeiros também destacou que, do ponto de vista ideal, a vacina ainda teria uma tecnologia de baixo custo de produção. Esses pontos estão sendo levados em conta na discussão do plano nacional de imunização contra a covid-19.
De acordo com o secretário, apesar da dimensão continental do país e de uma população de cerca de 210 milhões de pessoas, o programa nacional de imunização conta com uma expertise de imunização de décadas, com quase 38 mil salas de vacinação e que podem chegar a 50 mil em campanhas específicas.
Entre os pontos que vão ser apresentados na reunião da tarde desta terça-feira (1º) estão grupos prioritários para receberam a dose da futura vacina, orientações para a operacionalização nas mais diversas esferas de gestão, análise das características das vacinas que estão em fase 3 de estudo, a rede fria existente no país com a logística para o recebimento das doses, modelo para o registro do vacinado e também para acompanhamento de eventuais eventos adversos pós vacinação.
Sobre os grupos prioritários, Medeiros não entrou em muitos detalhes, mas destacou que devem ser levado em conta as pessoas com mais risco de desenvolver a doença e eventuais complicações, que possam levar a óbitos, e de manutenção de serviços essenciais, como os profissionais que atuam na área da saúde. Sobre um plano nacional de imunização totalmente fechado, o secretário afirma que isso só irá ocorrer quanto se tiver uma vacina aprovada pela Anvisa:
— Só conseguiremos esse objetivo quando efetivamente tivermos uma vacina registrada na Anvisa, que essa vacina apresente os estudos, dados de segurança de sua eficácia. É extremamente fundamental pensarmos que este plano de operacionalização para a covid- 19 só definitivamente ficará pronto, fechado, quando tivermos uma vacina ou mais de uma vacina registradas na Anvisa.



