Mais três alunos da Academia da Polícia Civil (Acadepol), em Porto Alegre, foram afastados desde a semana passada por testarem positivo para o coronavírus. Desde que as aulas foram retomadas, no início de maio deste ano, 11 integrantes da instituição foram infectados. A Acadepol destacou que todas as medidas estão sendo adotadas, inclusive sendo modelo para outros setores, que não há surto e que a porcentagem de casos é pequena em relação ao total de 322 inscritos.
A chefe de Polícia, delegada Nadine Anflor, disse nesta segunda-feira (15) que desde 4 de maio, quando as aulas foram retomadas, 11 alunos acabaram afastados, sendo que os três casos mais recentes ocorreram entre a segunda-feira da semana passada (8) e o último domingo (14). No entanto, ela ressaltou que não há casos graves.
Depois da confirmação de oito casos, há 10 dias, um nono aluno também testou positivo. Ele foi hospitalizado na Capital porque já tinha problemas de imunidade baixa. Mesmo assim, já está em casa, no isolamento. Os outros dois afastados, apesar de serem de outra turma na academia, são colegas de quarto dele — alugaram um imóvel na cidade — e ficaram em casa para evitar contágio, além de não apresentarem sintomas.
Segundo Nadine, dos 322 alunos, apenas esses 11 foram afastados, sendo cinco deles tendo que realizar o teste PCR, quando ocorre detecção direta. Todos estão isolados por 14 dias e apenas dois tiveram sintomas. Os outros seis casos foram testes rápidos, mas sem sintomas, e alguns já retornaram para as aulas.
— Estou visitando todos que foram para o hospital e conversando com todos os outros, pessoalmente. Nosso objetivo é acompanhar caso a caso, lembrando que não há surto e que as aulas continuam pelo fato de que as Vigilâncias Sanitárias, tanto do Estado quanto de Porto Alegre, confirmaram que os protocolos de saúde estão sendo adotados na Acadepol — explicou Nadine.
A delegada Elisangela Reghelin, da Divisão de Ensino da Acadepol, também informou que o percentual de alunos afetados é muito pequeno e disse que há uma grande diferença em casos atestados pelo PCR e os outros por testes rápidos. Mesmo assim, ela informou que, por precaução e como tem sido orientado pelo governo, os isolamentos ocorrem entre 14 e sete dias, conforme o protocolo.
— E nós tivemos cinco casos, dos 11, que seguem em isolamento após teste pelo PCR, e mesmo assim, só dois com sintomas. O restante, que são seis alunos, é teste rápido e sem sintomas, sendo que alguns já retornaram às atividades — ressaltou Elisangela.
Nadine e Elisangela ainda destacaram que está sendo apurado o fato de que o contágio houve no trajeto das residências dos alunos até a Acadepol, já que todos os casos mais graves envolveram integrantes da academia que moram juntos ou se deslocam em grupos. Das 10 turmas, apenas duas tiveram alunos infectados e o restante, das duas turmas, forma todos testados e, por enquanto, sem maiores problemas. A delegada Elisangela disse ainda que nenhum professor ou funcionário da academia foi contaminado e que as 30 medidas implantadas para amenizar riscos de contaminação foram aprovadas pelos órgãos de saúde — do Estado e do município, que pedem atualizações diárias — e repassadas para outras instituições como exemplo de prevenção à covid-19.