O Hospital do Círculo, de Caxias do Sul, está com uma "epidemia", mas não é viral: é de fofura mesmo. Uma ação alusiva ao Natal junto ao setor da maternidade – incluindo Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e setor de tratamento infantil – tem disparado os termômetros de ternura na instituição. Até quarta-feira (25), todas as crianças que nascerem ou passarem por internações serão inseridas na temática, por meio de peças como gorros, meias e roupas de Papai e Mamãe Noel, todas confeccionadas especialmente para enaltecer a simbologia da data cristã.
Além disso, a primeira criança que nascer no dia de Natal será colocada na manjedoura instalada nas dependências da entidade.
— A vida é o presente, a gente quis retratar o verdadeiro significado do Natal — afirma a diretora de serviços próprios do Hospital do Círculo, Isabel Cristina Bertuol.
A ação, idealizada pela equipe multidisciplinar de humanização do hospital, consiste na confecção de peças produzidas pela equipe interna da instituição, envolvendo profissionais da lavanderia, da enfermagem, de compras, da hotelaria, da higienização e do marketing.
— É uma alegria contagiante. Todos estão envolvidos tentando aproximar o máximo possível as tradições natalinas do ambiente hospitalar.
Referência regional em maternidade, sobretudo para nascimentos prematuros extremos –bebês com peso médio de 700 gramas a um quilo – o Círculo registra uma média de 180 a 200 partos ao mês. De acordo com a diretora, o número costuma aumentar em dezembro, devido ao agendamento de cesáreas antes das festas de final de ano. A caracterização especial de Natal tem sido motivo de comoção entre funcionários e familiares dos bebês.
No primeiro dia da ação, na quinta-feira (19), os bebês da UTI neonatal foram entregues aos papais e mamães com gorro na cabeça e dentro de uma meia que parece enorme para os pequenos corpinhos, que ainda precisam crescer para receber alta. Na expectativa de curtir o Natal em casa com o filho, a empresária Quelem Vergani, 36 anos, ficou emocionada ao ver o pequeno Mariano Vergani Marchioro em forma de "pacotinho".
— A ansiedade para ir pra casa era grande e ver ele daquele jeito foi como se fosse uma esperança — afirmou a caxiense do bairro Bela Vista, que frequentou o hospital desde que deu à luz, no dia 9 de dezembro, até o dia 21 de dezembro. Mariano nasceu com 33 semanas de gestação e, após ter ganho peso, passará as festas de final de ano com a família.