O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a seleção do primeiro mês do programa ainda não acabou. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o ministro afirmou que ainda há médicos que poderão fazer a opção por um dos 30 municípios gaúchos que ainda esperam por profissionais. No total, 58 cidades foram classificadas como prioritárias pelo Ministério no Estado. Padilha acredita que o número de profissionais inscritos no programa vai aumentar nas etapas seguintes. A próxima fase de inscrições começa no dia 15 de agosto.
"Sabemos que como foi o primeiro mês de seleção, a cada mês abrindo, os médicos sentindo cada vez mais segurança, vendo que a remuneração é feita diretamente pelo Ministério da Saúde, acreditamos que uma parte importante dessa demanda dos municípios será ocupada por médicos que já estão no Brasil".
O ministro da Saúde voltou a garantir que o governo só vai contratar médicos estrangeiros para as vagas que não forem preenchidas por brasileiros. Segundo Alexandre Padilha, 61 países já se inscreveram no programa Mais Médicos. Entre eles, Espanha, Argentina, Portugal e Uruguai.
Mudança no currículo de medicina
O ministro disse que o governo sempre esteve aberto à discussão da proposta que aumentava em dois anos o curso de medicina no Brasil.
"Não foi derrota, foi avanço, na Medida Provisória inicial isto estava previsto, a MP abria possibilidade de diálogo com escolas de medicina".
Alexandre Padilha destacou que o debate vai agora ao Congresso, que deve instalar uma comissão especial na próxima semana.
Atenção às vítimas de estupro
De acordo com Alexandre Padilha, a lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, que obriga o atendimento em hospitais públicos para vítimas de estupro, já era uma recomendação do ministério da Saúde.
"Desde que o ministério da Saúde recomendou essa prática, diminuímos em 50% a prática ilegal de aborto no país".
A lei também prevê tratamento com uso da pílula do dia seguinte, além de tratamento das lesões, amparo psicológico e exame de HIV, sem que a vítima tenha que ir antes à policia. A presidente encaminhou, no entanto, um novo texto ao Congresso, para corrigir o que chamou de ambiguidades sobre o conceito de violência sexual, que pudessem fazer grupos religiosos pensarem que a lei abria brechas para o aborto.
Gaúcha
Ministro da Saúde acredita que próximas etapas do programa Mais Médicos terão maior adesão dos profissionais
Alexandre Padilha falou ao Gaúcha Atualidade
Marcela Panke
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