
Um prédio de seis andares será erguido em frente à Usina do Gasômetro, no centro de Porto Alegre. Chamada de Assentamento Primavera, a edificação servirá como moradia social para 23 famílias ligadas ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM). O investimento na obra é de R$ 4,3 milhões, bancado pela Caixa Econômica Federal.
O projeto é licenciado pelo Minha Casa, Minha Vida Entidades, modalidade que funciona por meio da concessão de financiamentos a beneficiários organizados de forma associativa por uma Entidade Organizadora (EO), como, por exemplo, associações, cooperativas e sindicatos. São utilizados recursos provenientes do Orçamento Geral da União (OGU), aportados ao Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).
— A negociação vinha sendo feita há muitos anos, teve o processo parado desde 2019, mas foi retomada e vai sair do papel. Os trabalhadores e as trabalhadoras também têm direito de morar no Centro, de usufruir desse pôr do sol e dos equipamentos públicos deste espaço da cidade — diz a coordenadora Estadual do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Ceniriani Vargas da Silva.
As 23 famílias já foram selecionadas pelo movimento — uma delas, inclusive, estava morando no terreno onde será erguido o prédio. Outras 13 famílias estão na lista de suplentes.
O contrato com a Caixa Econômica Federal foi assinado nesta terça-feira (10) em evento na Capital com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Os apartamentos

O terreno onde será erguido o prédio fica na Rua General Salustiano, 316, e pertence à União. Em 2018, foi cedido para o MNLM. A área, que fica entre um estacionamento e outro edifício residencial, tem cerca de mil metros quadrados.
O edifício terá 18 metros de altura, com 23 apartamentos. As unidades terão de 40 a 50 metros quadrados, com um e dois dormitórios. O projeto arquitetônico foi elaborado pelo escritório Ah! Arquitetura Humana com colaboração dos arquitetos Paola Maia e Franthesco Spautz.
— Quando elaboramos o projeto, o regramento para a cidade era outro. Hoje, podemos até subir mais, faremos ajustes. A ideia é ter mais dois pavimentos — diz a arquiteta Karla Moroso, do Ah! Arquitetura Humana, que tem Taiane Beduschi como sócia.
Após os ajustes no projeto, a próxima etapa será entrar com os pedidos de licenças na prefeitura de Porto Alegre. A expectativa do movimento é de que a aprovação ocorra em um ano. Depois, a obra seria executava em até 24 meses, com geração de até 20 empregos diretos no período.