
Quase um ano após a enchente de 2024, dos 2,9 mil animais resgatados em Porto Alegre, 207 permanecem em quatro abrigos licenciados. Os dados são da plataforma Sispet RS, que faz o levantamento dos cães e gatos acolhidos após a tragédia.
Para custear a operação realizada nos abrigos, prefeitura e governo do Estado firmaram, em dezembro do ano passado, um acordo para um auxílio no valor de R$ 884 mil para a Capital. No entanto, a administração municipal afirma que apenas metade do recurso foi liberado até o momento.
Conforme a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o valor foi definido com base nas informações da prefeitura quanto ao número de animais acolhidos durante a enchente. Segundo a pasta, o pagamento em duas parcelas estava previsto no contrato assinado pela prefeitura. A liberação do restante do valor depende de uma prestação de contas do município e de uma nova contagem sobre o número de animais acolhidos.
Segundo a secretária municipal do Gabinete da Causa Animal (GCA), Tatiana Guerra, a prefeitura já realizou a prestação de contas parcial e agora aguarda a prorrogação do contrato, o que ainda não aconteceu. A prefeitura garante que solicitou apoio do Ministério Público Estadual para garantir o repasse da segunda parcela dos recursos ainda em 2024, porém, não teve sucesso.
O convênio entre governos estadual e municipal faz parte do Programa Emergencial de Manejo da População de Cães e Gatos em Abrigos, anunciado pelo governador Eduardo Leite em agosto de 2024 com o objetivo de amparar os animais afetados pela tragédia climática.
Além dos 207 resgatados durante a enchente, outros 300 animais também são acolhidos pela Capital e aguardam a adoção. Esses não são reconhecidos pelo governo do Estado e não fazem parte do cálculo de valores repassados.
Produção: Gabriel Dias