Em entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (31), o prefeito Nelson Marchezan definiu a educação em Porto Alegre como a pior do país. Ele acredita que o Executivo tem avançado na questão e cita a mudança na escala de trabalho dos professores em 2017, que recebeu críticas de docentes à época, que teria aumentado em 30% a capacidade das escolas, mas afirma que "ainda há carência".
– É a pior educação do Brasil há muitos anos e nunca se olhou pra isso em Porto Alegre. A gente está olhando só agora – defende o prefeito.
Ouça a entrevista de Marchezan ao Atualidade:
O chefe da pasta falou ainda sobre o atraso nos salários de servidores, anunciado na quinta-feira (30) e que ocorre pela segunda vez neste ano. Nesta sexta-feira (31), a prefeitura irá depositar até R$ 2.350 para os municipários.
– Porto Alegre deveria atrasar o salário de servidores há mais de 20 anos. Mas escolheu não fazer investimento em drenagem, saneamento, asfalto. A cidade vai virar o Estado, ela segue nesse caminho – disse.
Um dos pilares, na visão do governo municipal, para melhorar as finanças de Porto Alegre, o polêmico projeto que altera o cálculo do IPTU enfrenta resistência na Câmara Municipal. A corrida do Executivo pela busca de votos favoráveis ao projeto se agrava com a proximidade das eleições – cerca de 20 vereadores são candidatos em outubro. Marchezan afirma que está "com a consciência absolutamente tranquila" em relação a este assunto.
– É complicado. Nós estamos mudando o jeito de fazer Porto Alegre. Mas eu duvido que algum prefeito tivesse capacidade física e psicológica de trabalhar e enfrentar a verdade mais do que eu.